‘Nazismo brasileiro’ já está em plena atuação e, diferente do alemão, é um nazismo econômico

(imagem ag brasil – arq – art)

O ‘nazismo brasileiro’ não é o mesmo ‘nazismo alemão’ do século passado, não é antissemita. Ele não precisa de um partido político, ele está em vários partidos. O ideal do ‘Nazismo brasileiro’ já está em plena atuação e com representantes e sinais dentro do governo Bolsonaro, nas transmissões do governo, no poder Judiciário e também na mídia, como pode ser visto e ouvido todos os dias, principalmente na rádio Jovem Klan e em outros.

O ‘nazismo brasileiro’, como prática do ódio contra um tipo de pessoa, como um experimento fascista, é semelhante ao alemão. Mas o alvo do ‘nazismo brasileiro’ são os pobres, manter a desigualdade e manter os privilégios de um grupo social.

Não é um nazismo racial. Por isso, o Brasil pode ter brancos, judeus, pastores de igrejas evangélicas, japoneses ou descendentes, negros ou até homossexuais defendendo o ‘nazismo brasileiro’. É um nazismo mestiço e econômico.

O alvo do ‘nazismo brasileiro’ são os pobres (por isso a defesa de uma polícia assassina nas áreas de pobreza) e qualquer indivíduo que combata a desigualdade social fora dos parâmetros neoliberais dos nazistas brasileiros. Esses são os primeiros alvos porque o nazismo, ao chegar a poder, se volta contra seus próprios integrantes.

É por isso que no Brasil, os nazistas comparam o nazismo ao comunismo. O comunismo é uma ideologia que combate a desigualdade social e os privilégios grupos econômicos. Assim, os ‘nazistas brasileiros’ combatem de forma virulenta quem ‘defende os pobres’, quem se define como de esquerda ou socialista. Esses são os principais alvos do ‘nazismo brasileiro’ porque essas pessoas representam a racionalidade e o pensamento de combate à pobreza e à desigualdade.

Nesse sentido, os brasileiros nazistas estão em sintonia com os alemães do século passado, mas não na questão racial. É um nazismo ideológico e econômico. Por isso, a ideia de demonizar quem combate a pobreza. Não é por acaso que o Brasil vive um aumento do número de trabalho escravo.

Há todo um movimento desse nazismo econômico que cresceu junto com o ódio ao PT e à esquerda. Esse ‘nazismo econômcio’ se infiltrou no Judiciário, na mídia e nas elites econômicas que, na verdade, se servem desses nazistas econômicos como cães de proteção. É por isso que a legislação e os direitos de defesa foram soterrados por parte do Judiciário como forma de impedir qualquer avanço contra a desigualdade social e combater seus representantes.

Em várias passagens, nos últimos anos é possível perceber a ascensão de pessoas em defesa desse nazismo. Agora esses nazistas brasileiros – sejam negros, brancos ou descendentes de japoneses – se expressam livremente. Professor da Unicamp já alertava há vários anos essa ascensão nazista brasileira.

Mas o ‘nazismo brasileiro’ é um nazismo estrutural, oriundo das estruturas escravocratas. Ele está disseminado entre as estruturas de poder. A diferença é que agora ele está sem medo de mostrar sua cara, seus integrantes.

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