O resultado do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade de 2019), divulgado nesta terça-feira 20 de outubro, é mais uma prova de que o governo Bolsonaro (ex-psl) trabalha para destruir e prejudicar o que há de melhor na educação brasileira.
Dos 510 cursos de graduação que receberam a nota máxima no Conceito Enade, 80% são de universidades públicas federais e estaduais, que também desenvolvem e são a base de quase 100% das pesquisas científicas produzidas no país. As universidades públicas federais representam 70% das notas mais altas do Enade.
No entanto, desde o início do governo Bolsonaro, as universidades públicas federais têm sido atacadas e difamadas por integrantes do governo e destruídas com cortes orçamentários e com indicações ideológicas de reitores. Este ano o governo prevê cortes de quase R$ 1 bilhão no orçamento de 2021. (veja abaixo uma lista de ações do governo Bolsonaro para inviabilizar as melhores instituições de ensino do Brasil)
No ano passado, foram avaliados os cursos das áreas de ciências agrárias, ciências da saúde e áreas afins; engenharias e arquitetura e urbanismo; e os cursos superiores de tecnologia nas áreas de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e de segurança. Os resultados fazem parte do Conceito Enade, que classifica os cursos em uma escala de 1 a 5, sendo 3 a média.
Os números mostram que 46% dos cursos ofertados nessas instituições federais alcançaram o conceito 4, enquanto 24,1% conseguiram o conceito 5, o mais alto.
Entre as instituições privadas com fins lucrativos, aquelas que concentram o maior número de estudantes matriculados que fizeram a avaliação, 11% dos cursos obtiveram conceito 4 e 1,4%, conceito 5. A maior porcentagem dos cursos em instituições privadas com fins lucrativos obteve conceito 2, ou seja, “abaixo da média”, 40,9%.
Em números, de acordo com o Inep, considerando todas as instituições de ensino avaliadas, públicas e privadas, foram quase 144 mil estudantes se formando em cursos com desempenhos 1 ou 2 no país em 2019.
Os cursos presenciais também obtiveram melhores desempenhos que os cursos a distância. Entre os presenciais, no total, considerando todas as instituições de ensino, 20,7% obtiveram conceito 4 e 6,3%, conceito 5. No ensino a distância, 10,7% alcançaram conceito 4 e 6%, conceito 5. Cerca da metade desses cursos ficou “abaixo da média”, 46% com conceito 2 e 5,3%, com conceito 1.
O Enade é um exame anual feito por estudantes ao fim da graduação. Seus conhecimentos, suas competências e habilidades desenvolvidas ao longo do curso são avaliadas por meio de uma prova com 40 questões. Nela, além das áreas de conhecimento, os aspectos da formação profissional relativos à ética e ao compromisso com a sociedade também são levados em consideração. (Com informações da Ag Brasil)
O governo Bolsonaro e sua relação com o melhor ensino brasileiro: