O presidente da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa), Arly de Lara Romêo, em reunião convocada nesta quinta-feira (5), pela Comissão Permanente de Economia e Defesa dos Direitos do Consumidor da Câmara Municipal de Campinas, afirmou a água distribuída pela empresa teve aumento de 11,98%, cerca de 100% acima da inflação, por causa da poluição e sujeira da água dos rios em que é captada. “Os rios abaixo do nível pioram a qualidade da água e, com isso , o gasto da Sanasa aumentou em produtos para manter essa água potável”, resumiu.
O problema é que as chuvas de fevereiro deixaram o Rio Atibaia, principal fornecedor de água para Campinas (abastece 93,58% da cidade), com a vazão mais alta no último ano, cerca de 44 m³ por segundo, registrada por volta de 17h do dia 18 de fevereiro. Isso diminuiria o custo de produção da água da Sanasa, mas o aumento da conta não foi revogado.
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Lara Romêo também afirmou que cinco dos 23 novos reservatórios de água de Campinas começarão a ser construídos ainda neste mês de março e, aliados a outras medidas já em curso, deverão impedir a falta de água na cidade. “Com os reservatórios, a capacidade de armazenamento de água aumentará de 123 para 197 milhões de litros e, caso ocorram problemas de captação com os Rios Capivari e Atibaia, a autonomia da cidade em se manter abastecida passa de oito para 12 horas”, disse, acrescentando que a previsão para conclusão das obras é 2016.
Ele relembrou ainda outras ações já em curso, como a substituição das redes antigas para poder diminuir a perda de água nos encanamentos, que hoje é de 19,3%, para 15%. “Também assinamos contrato com os bombeiros para a utilização de água de reuso e não mais a potável para apagar incêndios, uma atitude pioneira.” (Carta Campinas com informações de divulgação)