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Aloizio Mercadante e Dilma Rousseff –

Acomodados ao poder, o PT e o governo Dilma Rousseff só reagirão se o País pegar fogo. Foi assim nos protestos de junho de 2013. O governo só reagiu quando o país estava em chamas.

Além da incapacidade de diálogo político da dupla Dilma e Aloizio Mercandante, ministro da Casa Civil, o governo sofre de apatia. Uma apatia gerada pelo conformismo e adaptação à política pregada pelo próprio adversário.

Desde o início do mandado, o governo já teve a oportunidade de enviar e defender pacotes de Reforma Política, Pacotes radicais contra a corrupção e outras medidas como taxação de grandes fortunas. Mas é um governo adaptado ao sistema de financiamento privado,  à famosa ‘corrupção legalizada’, e um governo medroso, amarelado.

Ficou calado, achando que as coisas iriam se acalmar.

Há uma lógica em não reagir para não criar um clima de confronto e de radicalização. Esse talvez seja o ensinamento com acertos e erros do lulismo, a pacificação. Lula soube fazer isso muito bem.

Mas não há lógica em não agir. Pode até não reagir, mas é preciso agir estando no governo.

Seria muito natural um governo do PSDB não saber o que fazer num momento destes, visto que o leque de políticas dentro do espectro ideológico estaria limitado. E parece ser esse o problema do governo petista. O governo de Dilma parece estar preso dentro da caixa da oposição.

Há uma infinidade de medidas a serem tomadas que poderiam dar um salto político importante para o país. Desde o início do mandato, Dilma tem na mão a chance de promover avanços. Após essa manifestação (Domingo, 15 de março), as chances são ainda maiores. Esse é o momento.

Mas pode ser difícil. É um governo que se move como um paquiderme, atolado na lama ideológica da oposição.

O Governo Dilma está tão amarelo quanto o Ronaldo (fenômeno) na final da Copa do Mundo de 1998.