O município de Campinas concentra 34% dos casos de dengue registrados este ano em São Paulo, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde. As notificações feitas pela secretaria municipal até o dia 15 de maio (22.918) mais que triplicaram em relação ao total observado em todo o ano passado (6.976) na cidade. O porcentagem de Campinas pode ser ainda maior, já que no último levantamento, a cidade contabilizou 32 mil casos e a comparação da Secretaria de Estado da Saúde usar o balanço de maio.
No estado, porém, houve redução de 68% nas ocorrências nos primeiros quatro meses em relação ao mesmo período do ano passado, informou o órgão estadual. Foram 54.423 casos contra 169.956 casos registrados de janeiro a abril de 2013.
Cinco municípios paulistas concentram a maior parte (61,8%) dos casos. Além de Campinas, Americana (5.550), São Paulo, Jaú (2.801) e Votuporanga (1.834) lideram o ranking da doença no estado. Dos 645 municípios, 267 não registraram nenhum caso este ano, segundo o governo estadual. Os dados atualizados da prefeitura de São Paulo informam que foram registrados 6.005 até a 20ª semana, em 2014, e 1.794 casos no mesmo período do ano passado. Em todo o ano de 2013, foram registrados 2.617 casos da doença.
Três mortes por dengue foram confirmadas em Campinas, uma em março e duas em abril. Mais três estão sendo investigadas no município. Na capital paulista, foram registradas cinco mortes. A última ocorreu no dia 24 de abril – uma mulher de 33 anos, moradora da zona sul. As demais mortes também ocorreram em abril: um homem de 68 anos; duas mulheres, de 34 anos e de 69 anos; e uma criança de 6 anos. A secretaria estadual não informou o total no estado.
O último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, com dados até a 18ª semana deste ano, aponta 394.614 casos em todo o país. O maior volume de casos está concentrado na Região Sudeste, com 225.401, que representa 57,1%. Em seguida, aparecem as regiões Centro-Oeste (79.998), Nordeste (35.625), Sul (31.291) e Norte (22.299). Na comparação com o ano passado, observa-se uma redução de 67,6% dos casos no país. (Agência Brasil)