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Carlos José Barreiro –

O secretário municipal de Transportes, Carlos José Barreiro, apresentou nesta quinta-feira o Plano Cicloviário 2014-2016, que norteará a implantação do Sistema Cicloviário de Campinas. O objetivo é alcançar cerca de 100 km de ciclovias até 2016. O plano tem três fases.

O problema é que não há recursos definidos em orçamento para as obras. O próprio secretário de Transportes afirmou que fará as ciclovias sem onerar os cofres públicos. “Vamos buscar fontes de financiamentos para a execução dos projetos”, afirmou Barreiro. Isso significa que o prefeito Jonas Donizette (PSB) não vai definir recursos no orçamento municipal nos próximos anos para implantar as ciclovias.

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Atualmente, Campinas possui irrisórios 11,3 km de ciclovias (Taquaral, Taquaral Anhumas, Amarais, Barão Geraldo e Francisco de Toledo). Diferentes das ciclofaixas, delimitadas por sinalização específica, as ciclovias são separadas fisicamente do tráfego comum.

Na Fase 1, intitulada Ciclovias em Curso, estão previstos mais 16,3 km. Na Fase 2, Ciclovias em Desenvolvimento, 95,1 km. A fase 1 e 2 estão previstas até 2016, portanto durante o governo de Jonas Donizette (PSB).

Na Fase 3, Ciclovias Complementares, 52,4 km. Haverá, ainda, as ciclovias ligadas ao Sistema BRT (Bus Rapid Transit, ônibus de trânsito rápido), que somam 13,7 km.

De acordo com a Prefeitura, a malha cicloviária foi debatida pela Emdec com cicloativistas, membros da Comissão Permanente de Mobilidade Urbana da Câmara Municipal e integrantes do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), contemplando diferentes regiões da cidade. Segundo Barreiro, “Os trechos serão integrados com os terminais urbanos e as estações de transferência existentes ou futuramente implantadas”.

Fase 1
A primeira fase do Plano Cicloviário prevê, inicialmente, trechos de ciclovias nas avenidas Mackenzie (6,7 km), Baden Powell (1,6 km) e José de Souza Campos (Norte-Sul, 1,3 km). Esses locais contarão com investimentos da iniciativa privada.

Ainda na primeira fase, Barão Geraldo receberá um trecho de 2,1 km, da Rua Luiz Vicentin à Av. Santa Isabel. Para viabilizar essa nova ciclovia no Distrito, foram solicitados recursos do Fundo de Interesses Difusos (FID) da União. O início o processo licitatório para a implantação desse trecho só ocorrerá quando o recurso for disponibilizado.

Por fim, para essa etapa inicial, a Emdec concluiu projeto básico e pretende abrir licitação nas próximas semanas para a contratação da empresa que vai elaborar os projetos executivos e realizar obras nas ciclovias Washington Luiz (950 m) e Taquaral Theodureto (1,6 km), além de três trechos no Distrito de Nova Aparecida, que somam 2 km. Ou seja, a Fase 1 totalizará 16,3 km.

Fase 2
A segunda etapa do Plano Cicloviário prevê os seguintes trechos, totalizando 95,1 km:
Campos Elíseos Vila Aeroporto: 12,8 km (quatro trechos)
Presidente Juscelino: 8,3 km (quatro trechos)
Campo Grande Itajaí: 7,9 km (cinco trechos)
Boa Vista: 7,6 km (quatro trechos)
Taquaral Mackenzie: 7,2 km (cinco trechos)
Norte-Sul: 6,8 km (oito trechos)
Piçarrão: 5,6 km
Jardim Garcia: 4,9 km (três trechos)
Anhumas: 4,5 km (quatro trechos)
Norte-Sul: 4 km (três trechos)
São José dos Campos: 3,7 km (dois trechos)
Barão Geraldo: 3,6 km (três trechos)
Amarais: 3,3 km
Vila União: 3,3 km
Ouro Verde: 2,6 km
Pirelli Sirius: 2,3 km
Carlos Lourenço: 2,2 km (três trechos)
Washington Luiz: 1,3 km
Vida Nova: 1,2 km (dois trechos)
Baden Powell: 620 metros
Taquaral Anhumas: 450 metros

Esses trechos das ciclovias da Fase 2 foram separados em cinco grupos de implantação. Com base nesses grupos de implantação, serão feitas as licitações dos projetos executivos. À medida em que obtiver os recursos necessários, a Administração abrirá novas licitações, agora para as obras.

As características das ciclovias de Campinas (largura de 2,5 metros, pavimentação etc), que garantirão a patronização da malha cicloviária, já foram definidas pela Emdec, respeitando a normatização e legislação de trânsito.

Fase 3
A Fase 3, a ser implantada após 2016, estabelece traçados recentemente discutidos com a sociedade civil, que poderão totalizar 52,4 km. Esses percursos estão sendo analisados, pois interferem em espaços localizados fora da jurisdição municipal, como o Aeroporto de Viracopos e as Rodovias Santos Dumont (SP-075) e Miguel Melhado de Campos (SP-324). (Com informações de divulgação)