
Mariângela Fialek, assessora do PP (Partido Progressista) e ex-assessora direta do deputado federal Arthur Lira (PP-AL), foi um dos alvos da Operação Transparência, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (12). A investigação apura suspeitas de desvios na destinação de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares, mecanismo amplamente utilizado no orçamento federal. As informações são do G1.
Essa não é a primeira pessoa ligada diretamente a Arthur Lira com alvo de busca e apreensão. Um grande esquema de corrupção já foi investigado pela Polícia Federal, mas o ministro Gilmar Mendes, do STF, barrou a investigação. (link ao lado)
A investigação da Polícia Federal, barrada por Gilmar, investigava uma mega corrupção com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) entre 2019 e 2022 com a compra de Kit Robóticas para escolas do estado de Alagoas. A PF encontrou um caderno de anotações do motorista do ex-assessor de Arthur Lira, em que aparecem repasses para um tal ‘Arthur’.
O controle das emendas parlamentares por quem deveria fiscalizar se transformou no maior esquema de corrupção do Brasil. Além de inconstitucional por usurpar funções do Poder Executivo, as emendas parlamentares também são inconstitucionais na execução sem transparência. É duplamente inconstitucional e um verdadeiro antro de corrupção.
A ação policial agora contra Fialek cumpriu dois mandados de busca e apreensão autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Servidora experiente na Câmara, Mariângela Fialek ocupa um cargo de Chefe da Assessoria Especial do Gabinete da Presidência da Câmara dos Deputados, com remuneração bruta de R$ 23,7 mil. Uma das buscas ocorreu na sala onde Mariângela Fialek trabalhava, nas dependências da Câmara.
Segundo a Polícia Federal, a investigação busca esclarecer a ocorrência de crimes como peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e corrupção. As apurações concentram-se na forma como as verbas foram destinadas e utilizadas, diante de indícios de irregularidades no processo.
A operação ocorre em um contexto mais amplo de questionamentos sobre a transparência na liberação de emendas parlamentares. No fim de 2024, a Polícia Federal abriu, por determinação do ministro Flávio Dino, um inquérito para apurar o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas pela Câmara dos Deputados. Na ocasião, o ministro decidiu suspender os repasses, diante de suspeitas relacionadas ao processo de destinação dos recursos. (Com informações do 247)
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