Em São Paulo – A Festa Literária Pirata das Editoras Independentes, a Flipei, está confirmada. O evento começa nesta quarta-feira, 6 de agosto, e vai até domingo no Galpão Cultural Elza Soares, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra (MST), na região central de São Paulo. O evento reúne 220 editoras e terá mais de 40 debates, além de shows, bailes e oficinas.
A organização da Flipei teve de correr para que a festa não fosse cancelada. A Prefeitura de São Paulo rompeu na noite da última sexta-feira (1º), o contrato que autorizava o uso da Praça das Artes. Em nota, a Fundação Teatro Municipal, disse que enviou ofício aos organizadores informando que o evento “possui conteúdo e finalidade de cunho político-ideológico” e que, por isso, não poderia acontecer. O contrato firmado previa que caso houvesse rescisão, a comunicação deveria ocorrer com no mínimo 15 dias de antecedência do evento.
A Flipei chamou de censura a decisão da Prefeitura. O jornalista Tadeu Breda, da Editora Elefante, destaca que a Festa Pirata discute este ano a questão palestina, com a presença do historiador judeu Ilan Pappe, um dos mais renomados intelectuais sobre o tema.
“A gente esperava que acontecessem algumas manifestações contrárias à presença do Ilan Pappe, como em todo mundo acontece, mas eu confesso que não imaginava que chegaria ao ponto de cancelar todo um festival, com várias mesas, com dezenas de editoras convidadas, não esperava que chegaria a esse nível de absurdo e censura”, afirmou Breda.
Cauê Ameni, um dos organizadores da Flipei, confirma que a festa literária vai acontecer, independentemente da decisão da prefeitura. “A gente vai permanecer, vai continuar, vai ter a programação, vai ser no Galpão Elza Soares do MST. Os bailes de sexta e sábado vão ser na 13 de maio, no Bexiga”, disse.
Programação
Além da palestra “Genocídio sionista e resistência na Palestina”, com Ilan Pappe e Thiago Ávila, o primeiro dia da Flipei abordará o tema “Como a cultura e a literatura independente são capazes de mudar o mundo”, com a participação de Nabil Bonduki, Luana Alves, Célio Turino, Cristina Assunção e Luiza Romão, encerrando com o show do Rincon Sapiência.
Entre os assuntos em debate estão ainda a luta de classes na era digital, segurança pública, a interpretação da América Latina sob a ótica feminina, criminalização da cultura das periferias, fim da escala 6×1, neoliberalismo, crise climática e os desafios para derrotar a extrema direita. A programação completa pode ser conferida no link. (Com informações de Joana Côrtes/Rádio Nacional)
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