(cadeirada do datena)

As emissoras de TV e a mídia brasileira são as grandes responsáveis pela baixaria exibida no debate das eleições de São Paulo deste ano. Para manter o fascismo aceso e vivo, as emissoras convidaram nos debates para a Prefeitura de São Paulo dois candidatos de extrema direita sem representação política alguma, a candidata do Novo, Marina Helena, sem qualquer expressão, e o candidato do PRTB, Pablo Marçal, partido sem qualquer representatividade política. Eles não têm representação política no Congresso Nacional que garante pela legislação a participação em debates de TV e não deveriam participar.

Mas isso não é inocente. As emissoras de TV na eleição de São Paulo estão cometendo uma fraude eleitoral por meio do abuso de poder midiático.

Veja:

Esses dois candidatos representavam o extremismo econômico para exploração das classes mais pobres (Novo) e o extremismo da violência para exploração da desigualdade social (PRTB). Ou seja, convidaram dois sem representatividade do mesmo espectro político, o espectro político das elites econômicas que precisam das ideias ultraliberais para a exploração e da violência policial para dominação e manter os privilegiados.

A fraude não é simplesmente por convidarem os extremistas de direita, mas por deixar de fora outros candidatos nas mesmas condições, ou seja, sem representação política com direito à participação nos debates. E, mais importante, deixa de fora candidatos de partidos mais antigos e que se opõem aos extremistas que a elite adula.

Ficaram de fora Altino Prazeres (PSTU), Bebeto Haddad (DC), João Pimenta (PCO) e Ricardo Senese (UP). Esses candidatos deveriam entrar com uma liminar para impedir o abuso de poder econômico das emissoras de TV e exigirem igualdade de condições. O PSTU, por exemplo, é um partido mais antigo do que o PRTB. O Novo é um partido que nasceu com a ascensão recente da extrema direita. A responsabilidade total da baixaria é das TVs comandadas pelas elites econômicas.