(foto paulo pinto – ag brasil)

Da ADunicamp – No dia 29 de janeiro de 2004, defensores dos direitos transgêneros deram início à iniciativa “Travesti e Respeito” nas dependências do Congresso Nacional. Esta ação foi realizada em colaboração com o Ministério da Saúde, que, naquela ocasião, buscava fomentar a conscientização sobre a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Como resultado dessa mobilização, foi estabelecido o Dia Nacional da Visibilidade Trans.

O Dia Nacional da Visibilidade Trans é uma ocasião crucial para destacar as experiências e lutas da comunidade transgênero em sua busca por igualdade e respeito. Essa data representa a importância de reconhecer as identidades de gênero diversas e a necessidade urgente de combater a discriminação e promover a inclusão.

As estatísticas refletem a importância desse dia. De acordo com dados globais, as taxas de violência e discriminação contra a comunidade trans permanecem alarmantemente altas. A falta de reconhecimento legal adequado e a escassez de recursos para a saúde mental são desafios persistentes enfrentados, além da violência que pessoas trans sofrem.

Em 2023, no Brasil, ocorreram, pelo menos, 145 casos de homicídios de pessoas trans, conforme revelado por uma pesquisa inédita conduzida pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). Esse dado resulta em uma média de mais de um assassinato a cada três dias. Comparativamente, em 2022, houve um total de 131 assassinatos, representando uma diminuição de cerca de 10%.

É fundamental que esta celebração vá além de um único dia no calendário. A conscientização e o apoio devem ser constantes, contribuindo para a construção de uma sociedade mais inclusiva e justa para todos. Ao promover a visibilidade trans, estamos construindo pontes de compreensão e solidariedade, criando um espaço onde cada indivíduo pode viver autenticamente, sem medo de discriminação ou preconceito.

Neste Dia da Visibilidade Trans, renovamos nosso compromisso com a igualdade, promovendo uma sociedade onde todes possam ter seus direitos respeitados, independentemente de sua identidade de gênero, classe social, cor e credo. (Da ADunicamp)