A Polícia Federal (PF) identificou que o sistema israelense de monitoramento por geolocalização FirstMile foi utilizado ilegalmente em mais de 30 mil ocasiões nos últimos anos. “Desse montante, os investigadores detalharam 2.200 usos relacionados a políticos, jornalistas, advogados e adversários do governo Bolsonaro”, destaca a coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo.
As medidas judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “O sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos”, informou em nota a PF.
O ministro do STF Alexandre de Moraes afastou, a pedido da Polícia Federal, 4 servidores da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
A PF deflagrou uma operação que resultou na prisão de dois agentes da Abin e no cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão no âmbito das investigações sobre o escândalo. Um dos alvos do mandado de busca é Caio Santos Cruz, filho do general da reserva Alberto Carlos Santos Cruz, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL).
A investigação aponta que agentes da Abin exploraram uma vulnerabilidade na rede de telefonia por meio da ferramente criada pela empresa israelense Cognyte, desenvolvedora do FirstMile, para rastrear alvos de maneira irregular. (Com informações da Agência Brasil, Uol e 247)