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Na quarta-feira (6), o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), expôs publicamente o erro histórico da mídia brasileira durante a cobertura nefasta da Operação Lava Jato. A ação partidarizada da mídia naquela cobertura, em uma espécie de conluio com os procuradores da Lava Jato e Sérgio Moro, censurando qualquer crítica à operação, ficou agora oficializada em uma decisão judicial.

A decisão pegou de surpresa os editorialistas do Globo e Estadão, Folha, Band, etc que agora se esforçam em contorcionismo para enfrentar a realidade dos fatos. Eles não consegue fazer a autocrítica porque a vergonha é tamanha que levaria ao suicídio da credibilidade.

O que Toffoli expôs sobre o Judiciário pode ser traduzido como Imprensa. Ele anulou supostas provas oferecidas pela Operação Lava Jato, que foram cruciais para a fundamentação da prisão ilegal do ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva (PT), decretada por Sergio Moro.

Em uma decisão de 135 páginas, Toffoli alegou que essas provas eram resultado de uma “armação” perpetrada por agentes públicos em busca de poder e que utilizaram métodos questionáveis sob a aparência de legalidade. A mídia brasileira participou dessa armação também com métodos questionáveis de assessoria de imprensa.

O ministro também comparou a obtenção dessas provas a uma “tortura psicológica”, um “pau de arara do século XXI”, usada para incriminar inocentes. Toffoli classificou a prisão de Lula como um dos “maiores erros judiciários da história do país” e afirmou que ela representou o início de ataques à democracia e às instituições brasileiras. Assim também se pode dizer que a ação da mídia na cobertura da Lava Jato como o ‘o maior erro da história da imprensa brasileira‘ em quantidade de produção de informações deturpadas durante toda a operação.

Segundo Toffoli, as ações desses agentes do Estado desrespeitaram o devido processo legal, desobedeceram decisões judiciais superiores e prejudicaram empresas, empregos e patrimônios públicos e privados. A mídia brasileira apoiou cegamente tudo isso, com seus interesses financeiros e políticos dando cobertura para as ações “jornalísticas”.

Os dois principais personagens da Operação Lava Jato, o ex-juiz Sérgio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol, seguiram carreira política após a prisão do ex-presidente Lula, considerada ilegal a partir desta decisão de Toffoli. Lula já foi inocentado em todos os processos da Lava Jato, inclusive os que foram remetidos à primeira instância. O STF declarou Moro suspeito, e Deltan foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sendo obrigado a abandonar a carreira na política.

Faltou a condenação do terceiro personagem principal da Operação Lava Jato, a mídia, que preparou o circo e o linchamento acrítico de forma intensa e apelativa, diariamente, para que a farsa jurídica fosse possível. Deltan e Moro só fizeram o que fizeram porque agiam em conluio com a mídia brasileira. E o resultado, todos sabem, chocou o ovo da serpente do fascismo. (com informações da mídia ninja)