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Pesquisadores de universidade pública criam sensor barato e fácil de detectar agrotóxico em frutas e verduras

(foto acervo dos pesquisadores)

Em breve futuro, supermercados e hortifrutis poderão checar facilmente se as frutas, verduras ou legumes estão com quantidade excessiva de agrotóxico ou com pesticida proibido. Pesquisadores da USP, universidade pública de São Paulo, desenvolveram um sensor eletroquímico feito com papel usado para fazer sacolas e embrulhos (papel kraft) que é capaz de detectar em tempo real a presença de pesticida em frutas e verduras, anota reportagem de Maria Fernanda Ziegler, da Agência Fapesp.

Segundo o texto, o sensor ligado a um dispositivo eletrônico foi capaz de detectar e presença e medir a quantidade do fungicida carbendazim em maçãs e repolho. O Agrotóxico carbendazim é criminosamente utilizado no Brasil, apesar de proibido.

Eles explicam que o sensor de agrotóxico funciona de uma forma parecida com os medidores de glicose [glicosímetro] utilizados por diabéticos. O sensor pode medir a quantidade de agrotóxico em alimentos, captar a presença do tipo de fungicida e o resultado pode ser acessado, em questão de minutos, por meio de um aplicativo de celular.

O processo é revolucionário porque, segundo Osvaldo Novais de Oliveira Junior, professor do IFSC-USP, para verificar a presença de pesticidas em alimentos por meio de abordagens convencionais é preciso triturar uma amostra, submetê-la a processos químicos demorados para só então detectar a substância.

“Os sensores vestíveis, como o que desenvolvemos para o monitoramento contínuo da concentração de pesticidas na agricultura e na indústria de alimentos, eliminam a necessidade desses procedimentos complexos. Fica muito mais fácil, barato, além de ser muito mais confiável para um supermercado, restaurante ou importador fazer a verificação”, afirma o professor.

José Luiz Bott Neto, pós-doutorando que participou do projeto, diz que nos testes realizados “o dispositivo teve sensibilidade semelhante à do método convencional. Tudo de uma forma mais rápida e barata”.

O trabalho, apoiado pela Fapesp envolveu grupos dos institutos de Física (IFSC-USP) e de Química (IQSC-USP) do campus de São Carlos. Os resultados foram divulgados na revista Food Chemistry. (Veja reportagem completa na Agência Fapesp)

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