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Último ano do governo Bolsonaro foi o pior para o consumo de gás de cozinha

(foto marcello casal jr – ag brasil)

O consumo de gás de cozinha pelas famílias brasileiras caiu 2,52% em 2022, último ano do governo Bolsonaro, e registrou a pior marca em dez anos. O maior impacto na venda de botijões aconteceu nas regiões Sul e Sudeste, com redução de 3,74% e 3,61%, respectivamente. O GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), principal insumo para preparar as refeições no Brasil, alcançou ainda dois recordes históricos no Brasil em 2022 e fechou o ano com o maior preço real e o menor consumo per capita deste século.

O levantamento é do Observatório Social do Petróleo (OSP) e mostra que, na média, o gás de cozinha era vendido ano passado no país a R$ 109,86, o valor mais alto desde 2001 (comparativo anual em valores deflacionados para dezembro de 2022), quando teve início a série histórica de preços divulgados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). A análise do período aponta ainda que em 2022 o Brasil teve o menor consumo per capita de GLP, com a marca de 43,52 m³ para cada 1 mil habitantes.
“O consumo per capita de GLP no Brasil manteve-se mais ou menos estável entre 2007 e 2017. A partir de 2018 começa uma tendência forte de queda – a exceção foi apenas o ano de 2020, no auge da pandemia, quando houve um aumento forte da demanda por gás de cozinha no mundo inteiro. Entre 2007 e 2017 se consumiu em média 46,94 m³ a cada mil habitantes, em 2022 este número caiu para 43,52 m³, ou seja, 7,3% a menos. O principal fator explicativo pra isso é o preço. Se compararmos os mesmos períodos, veremos que o preço real (descontada a inflação) de 2022 é 49% superior à média de 2007-2017”, explica o economista Eric Gil Dantas, do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps). (Com informações de divulgação)

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