Bolsonaro é cruel com as crianças brasileiras. Ninguém aguenta mais Bolsonaro

Por Alexandre Padilha

Um estudo apresentado pela Fiocruz apontou mais um recorde que exemplifica a maldade do governo Bolsonaro: nunca se internou tantas crianças no Brasil por desnutrição em 14 anos. O levantamento concluiu que, em 2021, todos os dias, oito crianças de até um ano precisaram ser levadas para hospitais por estarem passando fome.

(foto de vídeo – tvsenado)

Dados apresentados pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (PENSSAN) apontam que a fome dobrou nas casas de famílias com crianças menores de 10 anos: de 9,4% em 2020 para 18,1% em 2022.

A falta de alimento, de comida de verdade, é extremamente prejudicial para o desenvolvimento das crianças, podendo acarretar danos cognitivos.

Bolsonaro é cruel com nossas crianças, é cruel com a saúde do povo, é o governo que fez o Brasil voltar ao mapa da fome com 33 milhões de pessoas sem ter o que comer e 125 milhões sem saber se vão conseguir fazer ao menos uma refeição por dia.

A crueldade de Bolsonaro com as crianças é completa e esta tragédia é uma exemplificação da sua maldade e de sua estratégia de destruir o presente das nossas crianças, para impedir o futuro delas.

Tudo isso fica ainda mais evidente quando olhamos o orçamento da União, onde Bolsonaro cortou em 50% os recursos para a Atenção Integral à Primeira Infância e 95% dos recursos dos Centros de Referência de Assistência Social (CREAS) e Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) do país. A Assistência Social é fundamental para garantir segurança social para nossas crianças.

Quando fui Ministro da Saúde priorizamos a saúde na primeira infância com políticas públicas que asseguravam a garantia de alimentação para as crianças, reduziam a vulnerabilidade social, as protegiam de doenças com as campanhas de vacinação e conseguimos diminuir a taxa de internação.

Todas essas iniciativas hoje são atacadas e destruídas por Bolsonaro, já que a ausência de investimentos e de priorização para crianças tem resultado em uma agenda de destruição da infância e de aumento da vulnerabilidade.

O futuro das crianças brasileiras não será mais roubado, desmoralizado e desmantelado. Ele será reconstruído com políticas públicas que ofereçam melhor qualidade de vida, educação e possibilidades. Ninguém aguenta mais o governo Bolsonaro.

*Alexandre Padilha é médico, professor universitário e deputado federal (PT-SP). Foi Ministro da Coordenação Política no governo Lula, da Saúde no governo Dilma e Secretário da Saúde na gestão Fernando Haddad na cidade de SP.