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Exposição coletiva ‘Muitos caminhos possíveis’ reúne obras dos artistas João Bosco e Tiago César

De 31 de maio a 7 de junho, fica em cartaz no Pátio GO ON, na Vila Brandina, em Campinas, a exposição coletiva “Muitos caminhos possíveis”, que traz obras dos artistas João Bosco e Tiago César.

João Bosco apresenta 15 trabalhos, sendo nove pinturas em técnicas mista e seis objetos (recolhidos). Tiago César traz pinturas e três esculturas em argila pintadas com tinta acrílica.

Acentamento (2010) Técnica Latex e pigmento sobre tela (Imagem: Divulgação)

“Cores e formas em que mundo? Atendendo a quais desígnios? Mundo onírico perdido dos mapas, muitos caminhos possíveis, tantos os pés. O caminho começa no passo que segue para? Com que força e direção? E se para, raiz de qual descanso? Certamente, experiência do tempo que avança e não se detêm. Atravessa, passa, deixa sombras, relógio efêmero. Sombras, contornos de que real? Passado e presente fundidos na pele do real, pistas de outros mundos, outras ações e caminhos. Objetos não se revelam, revelam o humano que incorpora, arquiteta uma ordem na matéria de cores e formas”. (Eni Ilis)

Obra de Tiago César (Imagem: Divulgação)

Um pouco mais sobre os artistas

Natural de Vitoria (ES), Tiago César nasceu no ano de 1977. “Sou artista plástico, trabalho com pintura a óleo e acrílica contemporânea, faço também caricaturas. Comecei a desenhar ao entrar na faculdade de arquitetura em Porto Alegre em 1996. Nessa época eu tinha 19 anos e muita vontade de aprender. Foi ai que aprendi varias coisas como perspectiva, noção de espacialidade, traço seguro, uso adequado das cores e o mais importante me apaixonar pelo desenho, arte e arquitetura.

No início, achava e não acreditava que podia ser um bom desenhista, mas ao notar professores e colegas elogiando e se interessando pelo meu trabalho comecei a ganhar confiança. Infelizmente tive que abandonar o curso por motivos de saúde e me mudei para o Rio de Janeiro essa época não sabia que um dia apostaria para a minha profissão as artes plásticas. Só fui acreditar nisso quando fui conhecer o atelier arte minas, onde eu morava, e me apaixonei novamente pela arte fazendo aulas de escultura no barro e depois de pintura e desenho.

Fui notando que minha evolução era muito rápida e gostava cada vez mais do que fazia. Achei uma forma de me expressar mais fácil que me realizava. Hoje moro em Campinas há mais de 10 anos e a cada dia me dedico mais às minhas telas e desenhos”.

*

Artista autodidata, João Bosco começou sua relação com a arte ainda criança em Redenção da Serra. Já gostava dos traços e linhas que lhe chamavam mais a atenção do que os outros conteúdos da escola. Em casa, o ambiente também propiciava isso, os irmãos mais velhos eram engajados no teatro, coral e o pai era um artista na culinária atraindo muitos para saborear seus pães, broas pastéis… Seu contato com a artes plásticas decorreu das visitas de sua mãe à mãe do artista Justino. A atração pelas tintas o puxava ao ateliê do artista que o recebia e enquanto produzia João o observava e absorvia aquela atmosfera.

Se na sua “primeira formação” está aí, em seu período de SP e RJ foi construindo uma galeria de personagens, ao mesmo tempo, em que começou a desenvolver sua arqueologia pessoal, uma busca dos objetos da sua Redenção de seu olhar sobre os quintais dessa terra inundada pelo progresso, pela represa que a sepultou. Daí seu trabalho ter esse processo de resgate permanente.

Em Campinas, junto a esse movimento que foi se fortalecendo, começou um significativo trabalho de ateliê no serviço de saúde Candido Ferreira, sendo que, os frutos foram se revelando ao longo dos anos, frequentadores do ateliê ganharam premiações relevantes na área das artes (prêmio Günter, Mapa cultural paulista, participação e Tb premiação em bienais significativas como a de Santos)

É dessa forma, dialógica, que agora desenvolve oficinas culturais. Recentemente, seu trabalho de desenhista ganhou novo fôlego ao atuar como ilustrador. E aqui também sua arte tem a sua marca de arqueologia, de resgate, mas também é espaço de renovação, aprimoramento: começa a incorporar e se desenvolver na monotipia. Esse trabalho de ilustração já está se revelando em mostras.

Obras que navegam pela monotipia , xilogravura, aquartela, tinta acrílica , tinta óleo e vários tipos de suportes para desenvolver seu trabalho .

A mão desse artista não se move somente nesses traços.
Também coleciona. Corta, cola, mistura.
Não interfere, re-coloca e faz aparecer a beleza escondida no cotidiano.
E eis que aparece: junto à leveza d’antes, vemos peso, densidade, doidas associações – é a santa colada no cartão de passe, passagem sagrada de algum coração; são renda e prego acompanhando o papelão recortado em flor; retratos de lugares e palavras, caligrafias e posturas…
Fragmentos de nossa realidade.
@j.bosco55
facebook.com/joaobosco.bosco.1425

“Muitos caminhos possíveis” – Exposição coletiva  

Artistas: João Bosco e Tiago César

Data de Abertura: 31/05   

Horário: 19h às 22h

Conversa com Artistas

Projeção: Acácio Pereira

Música: Matheus Oliveira e Paula Moretti

Período de visitação: 31/05 a 06/07

Visitação: de segunda a sexta-feira, das 18h às 22h

Local: Patio GO ON

R. Elvino Silva, 285 – Vila Brandina, Campinas – SP

Espaço para Eventos Corporativos e Sociais, o Pátio Go On combina um ambiente intimista e cool, para os mais diversos tipos de eventos: de uma reunião de negócios a um mini casamento, além de uma área exclusiva e restrita dedicada a empresas que buscam ambientes relaxantes e informais, onde as pessoas possam se sentir bem, um pouco como em casa. “Acreditamos que hoje precisamos mais do que nunca de espaços assim para trabalhar e celebrar”, dizem. O Pátio Go On é urbano, contemporâneo, colorido e eclético.

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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