O grupo campineiro Cia Gare, fundado em 2016, estreia o espetáculo “Uma Banheira Revolucionária”, com dramaturgia de Matéi Visniec e direção de Douglas Novais. As apresentações acontecerão no Sesc Campinas, nos dias 20 e 21 de maio (sexta às 20h e sábado às 16h), com ingressos à venda a partir do dia 10, a preços populares. 

Uma Banheira Revolucionária, Cia Gare (Foto: Stephanie Lauria)

O espetáculo traz uma trupe de palhaços que, a bordo de uma banheira à deriva, discute soluções para consertar o mundo, que “está fodido”, conforme reafirmam ciclicamente as personagens. Visniec, um dos mais importantes dramaturgos contemporâneos, faz da denúncia política um campo não só de conflito, como é próprio do teatro, mas de crítica ao absolutismo das ideologias, constatando, com cinismo e humor, mazelas profundas e cada vez mais pungentes da sociedade atual. 

A encenação – assinada por Douglas Novais, ator, diretor e produtor também do grupo Os Geraldos, de Campinas – vale-se da linguagem cômica para ressaltar o caráter satírico da dramaturgia. O processo de criação – que teve início dentro do Programa de Qualificação em Artes do Governo do Estado de São Paulo, em 2019 – foi revisitado diante das novas circunstâncias sociais, políticas e sanitárias do Brasil de 2022, com novo elenco e um mergulho ainda mais profundo na linguagem do palhaço. 

Paty Palaçon, atriz do espetáculo e coordenadora da Cia Gare, conta que a inspiração do espetáculo são os mestres mundiais da comédia, como Chaplin, Charlie Rivel, Fellini, dentre outros. “É por meio do riso, que buscamos desarmar o público para confrontá-lo com os absurdos da nossa sociedade, como a violência e a polarização das discussões políticas”, declara Palaçon. Compõem o elenco também Alex Midian, Giu Darros e Paula Guerreiro.

A Cia Gare foi fundada em 2016, em Campinas, por egressos do Curso de Formação de Atores Os Geraldos. “Uma Banheira Revolucionária” – dramaturgia de Matéi Visniec e direção de Douglas Novais – é o terceiro espetáculo da companhia, que anteriormente montou “A Cidade Perdida” (2016), inspirado na obra “Ascensão e queda da cidade de Mahagonny”, de Bertold Brecht, e “A Caçada” (2018, com orientação do grupo Os Geraldos), inspirado no romance “A Confissão da Leoa”, de Mia Couto. Dois aspectos são comuns às obras: o temático, com interesse por narrativas e fábulas acerca de contradições da sociedade, relações de poder e mazelas sociais; e formal, com foco em linguagens de estilização marcante, como atualmente ocorre com o trabalho clownesco, que se tornou a mais importante pesquisa do grupo. 

O grupo investe na formação em habilidades artísticas e gestoras dos integrantes, com a participação, em 2018 e 2019, no Programa de Qualificação em Artes, do Governo do Estado de São Paulo, e do projeto Incubadora de Grupos Artísticos, do grupo Os Geraldos.

Com as três peças, o grupo já se apresentou em eventos tradicionais de Campinas – como edições da Mostra Geral do Teatro, IV Jornada Teatral e Temporada Teatral da Usina Geradora -, além de abrir a Mostra Final do Programa de Qualificação 2019, no Theatro Municipal de Espírito Santo do Pinhal – SP, e de compor programações do Conservatório de Tatuí e do Teatro Rotary, em Passos (MG). 

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Uma Banheira Revolucionária

Dias: 20 (sexta), às 20h, e 21 (sábado), às 16h

Local: Sesc Campinas 

Ingressos: R$ 9,00 (credencial plena); R$ 15 (meia entrada); e R$ 30 (inteira)

(Carta Campinas com informações de divulgação)