A São Paulo Companhia de Dança (SPCD) realiza suas primeiras apresentações presenciais de 2022 na cidade de Santa Bárbara d’Oeste, Região Metropolitana de Campinas (RMC).

Os espetáculos acontecem no palco do Teatro Municipal Manoel Lyra nos dias 21 e 22 de janeiro, às 19h30. Com entrada gratuita, mediante retirada de ingressos 1 dia antes dos espetáculos na bilheteria do Teatro e doação de materiais de limpeza que serão revertidos para instituições sociais. A bilheteria funciona de segunda a sexta, das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30.

Cena de Mamihlapinatapai, de Jomar Mesquita. Bailarinos: Letícia Martins e André Grippi (Foto: Arthur Wolkovier/Divulgação)

As apresentações abrem com Mamihlapinatapai, criação original de Jomar Mesquita com colaboração de Rodrigo de Castro e que parte de elementos descontruídos da dança de salão para contar, na cena da dança contemporânea, os caminhos e descaminhos da relação de amor entre homens e mulheres. O título da obra vem do termo homônimo da língua yaghan que significa “um olhar compartilhado por duas pessoas, cada uma desejando que a outra tome uma iniciativa para que algo aconteça, porém, nenhuma delas age”.

Na sequência, os bailarinos apresentam o Pas de Deux de Esmeralda, em versão de Duda Braz a partir da obra de Marius Petipa (1818-1910). Inspirado no livro Notre-Dame de Paris (também conhecido como O Corcunda de Notre Dame), escrito em 1831 por Victor Hugo (1802-1885), este duo da obra original apresenta Esmeralda e Phoebus comemorando a liberdade e a possibilidade de viverem juntos esse amor.

O encerramento fica por conta da pré-estreia de Desassossegos, novo trabalho original de Henrique Rodovalho, coreógrafo residente da São Paulo Companhia de Dança. A obra celebra os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, inspiração presente nos movimentos das bailarinas em cena e também no figurino e cenário assinados por Fábio Namatame, criados a partir de desenhos e esboços de A Cangaceira, de Flávio de Carvalho (1899-1973). A partir da fusão de diferentes linguagens artísticas, a nova criação reinterpreta, no século XXI, o sopro de inovação deixado pelos ventos modernistas.

“Que felicidade abrir a agenda de apresentações da Companhia no Teatro Municipal de Santa Bárbara d’Oeste, palco que recebe pela sexta vez a dança da São Paulo. O público que sempre nos acolhe com muito carinho terá a oportunidade de conferir a pré-estreia de Desassossegos, criação que faz uma homenagem ao centenário deste marco na história na cultura brasileira que foi a Semana de Arte Moderna de 1922”, afirma a diretora artística e executiva da São Paulo Companhia de Dança, Inês Bogéa.

A cidade também receberá atividades educativas ministradas pela Companhia sobre a nova obra. No sábado (22/1), às 10h, acontece uma oficina prática de dança conduzida pela professora-ensaiadora Beatriz Hack e, na sequência, a diretora Inês e o coreógrafo Henrique Rodovalho realizam uma palestra para contar detalhes sobre a criação. Ambas as ações acontecem de modo gratuito no palco do Teatro, sendo necessário inscrição prévia no site da Companhia. O uso de máscara e a apresentação do comprovante de vacinação serão requisitos obrigatórios para participar das atividades.

As apresentações e as atividades educativas em Santa Bárbara d’Oeste acontecem via parceria institucional da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Santa Bárbara d’Oeste e realização da Associação Pró-Dança/São Paulo Companhia de Dança, Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

Seguindo os protocolos governamentais estabelecidos de enfrentamento à Covid-19, será obrigatório o uso de máscaras pelo público durante a permanência no Teatro e, de acordo com os Decretos 65.897 e 66.179 do Governo do Estado de São Paulo, cada espectador também deve apresentar seu comprovante original de vacinação completa contra a Covid-19 (duas doses ou dose única), ou comprovante digital, disponível nas plataformas e-SaúdeSP, PoupaTempo ou ConectSUS.

São Paulo Companhia de Dança no Teatro Municipal Manoel Lyra 

Programa: Mamihlapinatapai, de Jomar Mesquita com colaboração de Rodrigo de Castro; Pas de Deux de Esmeralda, versão de Duda Braz; pré-estreia de Desassossegos, de Henrique Rodovalho

Datas: 21 e 22 de janeiro

Horários: Sexta e sábado, às 19h30

Endereço: R. João XXIII, 61 — Centro — Santa Bárbara d’Oeste/SP

Capacidade física: 596 lugaresEntrada Franca  

Retirada de ingressos 1 dia antes dos espetáculos mediante doação de material de limpeza para instituições sociais 

Workshop Desassossegos 

Oficina de Dança com Beatriz Hack + Palestra com Inês Bogéa e Henrique Rodovalho

Data: 22 de janeiro (sábado)

Horários: das 10h às 12h30

Local: Teatro Municipal Manoel Lyra

Inscrições gratuitas em:

Ficha técnica das obras (por ordem de apresentação): 

Mamihlapinatapai (2012)

Coreografia: Jomar Mesquita com colaboração de Rodrigo de Castro

MúsicasTe Amaré Y Después, de Silvio Rodrígues cantada por Marina de La Riva; No 

Se Nada, de Rodrigo Leão; Tema Final, de Cris Scabello; As Rosas não Falam, de

Cartola e Grupo Planetangos

Iluminação: Joyce Drummond

Figurino: Cláudia Schapira

Um olhar compartilhado por duas pessoas, cada uma desejando que a outra tome uma iniciativa para que algo aconteça, porém, nenhuma delas age. Este é o significado de Mamihlapinatapai, palavra indígena originária da língua yaghan, de uma tribo da Terra do Fogo. O coreógrafo Jomar Mesquita utiliza elementos descontruídos da dança de salão para criar a peça, com movimentos que tratam da relação entre homens e mulheres.

Pas de Deux de Esmeralda(2020)

Coreografia: Duda Braz, inspirada na obra de Marius Petipa (1818-1910) a partir do original de Jules Perrot (1810-1892)

Música: Cesare Pugni (1802-1870)

Iluminação: Wagner Freire

Figurino: Marilda Fontes

Esmeralda é um balé inspirado no livro Notre-Dame de Paris (também conhecido como O Corcunda de Notre Dame), escrito em 1831 por Victor Hugo (1802-1885). A obra foi apresentada pela primeira vez em 1844 por Jules Perrot (1810-1892) e, em 1886, Marius Petipa (1818-1910) a revisitou e incluiu novos elementos. Esmeralda conta a história de uma cigana que se apaixona por Phoebus, um oficial da guarda francesa, na Paris do século XV. Entre as dificuldades do casal apaixonado em viver esse amor, estão a noiva do oficial, uma jovem da alta sociedade, e a obsessão pela cigana do homem mais poderoso da Paris. Neste pas de deux da obra original, Esmeralda e Phoebus comemoram a liberdade e possibilidade de viver o amor.

Desassossegos (pré-estreia – 2022)

Coreografia e Iluminação: Henrique Rodovalho

MúsicasMystery Sonatas, de David Lang (Joy; After Sorrow; After Joy) 

Figurino e Cenografia: Fábio Namatame, inspirado nos desenhos e esboços de A Cangaceira de Flávio de Carvalho (1899-1973), cedidos gentilmente pelo Museu de Arte Contemporânea MAC-USP, dirigido por Ana Magalhães

Por meio de um quarteto de bailarinas, que estão sempre juntas e são movidas por um sopro interno, a coreografia de Henrique Rodovalho provoca uma ação e reação desencadeada em movimentos. A obra celebra o centenário da fundamental renovação artística e social deflagrada pela Semana de Arte Moderna ocorrida em 1922 a partir da fusão de diferentes linguagens artísticas para reinterpretar, à luz do século XXI, o sopro de inovação deixado pelos ventos modernistas.

(Carta Campinas com informações de divulgação)