.Por Susiana Drapeau.

A manifestação de 4 grandes empresários ou gerente de grande empresário contra a candidatura do ex-presidente Lula em 2022 mostra que o pedagogo Henry Giroux está mais que correto: “vivemos um capitalismo gangster“.

(imagem ilustrativa- christiano antonucci – secom -mt – fp – art)

Artigo publicado no Estadão, como o título, “Nem Lula, nem Bolsonaro”, assinado por Pedro Passos, dono da Natura, Pedro Wongtschowski, do grupo Ultra e Horácio Lafer Piva, ex-presidente da Fiesp, é flertar com o fascismo porque não o diferencia da democracia. Em outro texto, Victor Candido, um dos economistas do banco espanhol Santander, escreveu um relatório, no qual defende um golpe de estado para evitar o retorno do ex-presidente Lula ao poder

Não dá para apagar a história, graças a queda de Palocci, Lula e Guido Mantega fizeram uma das melhores administrações da história para o povo brasileiro e para os próprios capitalistas, assim como Lula também foi o melhor presidente para a democracia brasileira, visto que nunca atuou contra a imprensa e as instituições democráticas. Houve problemas? houve sim. Mas gerou 10 milhões de empregos com estabilidade política e deixou o brasileiro esperançoso e feliz, como mostram pesquisas e revistas da época. O país se tornou a 6ª economia mundial nos governos petistas.

Os 4 ‘intelectuais do capitalismo’ sabem bem disso, porque não são burros, mas é preciso manter o “capitalismo gangster” que ajudou a eleger um candidato fascista que agora desestabiliza a democracia e a economia. O ‘capitalismo gangster’ apoiou o fascismo e agora não quer sua total derrocada. Por isso, não falam abertamente em impeachment de Bolsonaro, como todos os seus crimes, mas em evitar Lula. Nunca leram “Brazil takes off”.

Eles sabem também que os governos de Lula e Dilma foram os que mais combateram a corrupção no Brasil, com aprovação de várias legislações e criação de órgãos de combate como a CGU. Acabaram e reduziram os atos sigilosos do governo, que agora com o governo de extrema direita volta a ser de 100 anos. Igualar desiguais é ser intelectual do ‘capitalismo gangster’, assim como muitos jornalistas.