No início deste mês, a colunista da massa cheirosa do PSDB, Eliane Cantanhêde, do Estado de S. Paulo, escreveu um texto em que sugeriu que o ex-presidente Lula se lançasse como candidato à vice-presidência nas eleições de 2022. Em seu artigo, Cantanhêde defendeu que Lula desse um “golpe de mestre espetacular” e abdicasse de ser presidente “numa chapa de união e pacificação nacional”.

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A colunista foi muito criticada com razão, mas o que significou realmente essa ideia de Cantanhêde? Ela não fala sozinha, provavelmente representa uma ideia que já circula. Ou seja, diante da destruição e caos provocado pelo governo nazitupiniquim de Bolsonaro, a direita ilustrada já aceita Lula participando do poder da República. Essa é a primeira boa notícia nas entrelinhas do texto.

Mais um pouco de destruição de Bolsonaro, e a direita vai ter que implorar para Lula ser presidente. Mas enquanto isso, a reflexão é o melhor caminho.

Numa coisa ela está certa, é preciso uma união para colocar Lula no poder, mas essa união não precisa ser fechada colocando um empresário na vice-presidência. Essa pode ser uma repetida alternativa para Lula e que obteve grande sucesso com o saudoso empresário José de Alencar.

Mas não é a única forma de aliança. Uma aliança ampla pode envolver de forma consistente os governos de Estado e a eleição para o Senado. Se o PT cede nesses cargos, pode conquistar uma grande bancada na Câmara e aumentar seu poder parlamentar e seu fundo partidário.

A situação do país é bastante complicada atualmente com um governo de extrema-direita de inspiração nazista que tenta implodir a democracia. A direita não sabe o que fazer enquanto sonha com uma terceira vida (da direita). Até Lula já é cotado para ser vice nessa terceira via. É preciso ter imaginação e levantar todas as hipóteses.

É bom lembrar que a vice-presidência é um cargo importantíssimo. Se Lula teve sorte com José Alencar, Dilma deu azar com o traidor e golpista Michel Temer.

Um vice traíra poderia derrubar o governo do PT e o voto do povo brasileiro novamente. Não é brincadeira. O velho ditado diz: “dê poder para conhecer uma pessoa”. Em 2015, acreditou-se que o Brasil não era uma República de Bananas, que não haveria golpe parlamentar, ainda mais por um falso motivo como as chamadas ‘pedaladas fiscais’, mas aconteceu.

É por isso que Lula pode sim ser candidato à vice-presidente numa chapa com Fernando Haddad. Haddad já tem uma projeção nacional por causa da última eleição. Lula tem os votos, carisma e poderia ficar mais livre articular politicamente e projetar o Brasil internacionalmente.

E o MAIS IMPORTANTE: Se tentar um golpe parlamentar, Lula se torna presidente!

É bom estar vacinado!