.Por Marcelo Mattos.

Falemos ao nada ou sobre ele, do desatino absurdo da deliberação do Comando do Exército decidindo “não decidir” pela punição do ex-ministro da Saúde e do contágio viral Eduardo Pazuello após a sua participação em ato político ao lado do ora presidente da República e uma ruma de milicianos e adoradores cínicos do genocídio instaurado, dia 23 de maio último. 

(Foto: Isac Nóbrega/PR)

A parcialidade da decisão acolheu os “argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente” (sic) pelo citado oficial-general, sem observar quaisquer outras provas materiais ou testemunhais, não vislumbraram a transgressão cometida, da mesma forma que não enxergaram o covarde crime militar no atentado do Rio Centro, a tentativa de explosão de bombas em quartéis e outros locais estratégicos do Rio de Janeiro na então operação Beco sem Saída de autoria do capitão Jair, ora transformado em presidente.

Não há o que lamentar ou se envergonhar. O exército brasileiro é tão somente isso: uma instituição de irrelevância e descompromisso público. Não está adstrita a nada e a ninguém, nem mesmo à Constituição ou regulamento interno. Esqueça o blá-blá-blá da missão institucional, garantias, defesa da pátria que ora e alhures inexiste.

Estamos tratando de uma corporação transformada numa ficção jurídica, cujo objetivo limita-se em agradar as vontades e arroubos presidenciais, auferir benefícios cumulativos, elevados soldos e cargos públicos, regados a muito leite condensado, goma de mascar, picanha e whisky doze anos.

Sem eiras nem beirais que amparem as suas idiossincrasias destras, resume-se num lúmpen roto de fardas que preferiu, mais uma vez, adular a omissão de um desgoverno genocida responsável por mais de 469 mil mortes causadas pela Covid-19, incrustados nos gabinetes paralelos tóxicos do ódio e da morte, prevaricando das suas funções.

Enfim, quem diria, as forças armadas acabaram no Guandu.