As investigações da CPI da Covid-19 e de outros órgão do Estado brasileiro levam a indícios estarrecedores de que as 500 mil mortes pela Covid-19 foi o preço pago por um grande esquema de corrupção que tentou se aproveitar da pandemia.

(foto LuAnn hunt – pl)

No centro deste grande esquema de corrupção em plena pandemia está a cloroquina, remédio comprovadamente ineficaz contra a Covid, e a vacina Covaxin, que não havia sido aprovada pela Anvisa..

No caso da cloroquina, a CPI da Covid-19 tenta agora entender a relação de empresas com o chamdado ‘gabinete paralelo’ do governo Bolsonaro. O senador Randolfe Rodrigues (Rede) já afirmou que há provas de um grande esquema de corrupção. (Veja AQUI)

“Documentos do Ministério das Relações Exteriores mostram que o governo comprou a vacina indiana Covaxin por um preço 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela própria fabricante. Telegrama sigiloso da embaixada brasileira em Nova Délhi de agosto do ano passado informava que o imunizante produzido pela Bharat Biotech tinha o preço estimado em 100 rúpias (US$ 1,34 a dose). Em dezembro, outro comunicado diplomático dizia que o produto fabricado na Índia ‘custaria menos do que uma garrafa de água’. Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde pagou US$ 15 por unidade (R$ 80,70, na cotação da época) – a mais cara das seis vacinas compradas até agora”, aponta reportagem de Julia Affonso, publicada no jornal Estado de S. Paulo.

“Preço da Covaxin levantado pelo Ministério das Relações Exteriores: $1,34, preço pago pelo Ministério da Saúde: $15 Preço que o governo pagaria via reembolso para as empresas privadas: $44”, resume Atila Iamarino no Twitter.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou em 30 de março o pedido do Ministério da Saúde para importação, em caráter excepcional, da vacina Covaxin, da farmacêutica indiana Bharat Biotech. A direção da agência considerou que a solicitação não cumpriu os requisitos legais de demonstração da segurança, eficácia e qualidade necessárias para permitir a aquisição e distribuição do imunizante. No entanto, o governo Bolsonaro está empenhado em comprar essa vacina.

Antes porém, o governo não respondeu e não comprou outras vacinas com estudos mais avançados e com maior chance de barrar a pandemia, com a Pfizer com 50% de desconto. (Veja AQUI) Além disso, servidor relatou pressão para compra de vacina indiana (AQUI)