(foto fundação pro-memoria carl hains hamman)

Com o intuito num primeiro momento de fazer o corte de gastos das contas municipais, a Prefeitura de Indaiatuba extinguiu a Fundação Pró-Memória, responsável pela preservação cultural da cidade. No dia 24 de março, os vereadores aprovaram por unanimidade a Lei Complementar 71/2021, projeto em caráter de urgência que pôs fim a Fundação.

O projeto de lei tinha como intenção o corte de 50% dos funcionários de confiança (comissionados) dos setores públicos, resultando na economia de 2,2 milhões. Contudo, em meio ao projeto estava a extinção da Fundação, que foi pouco discutida pelo poder legislativo, resultando na aprovação da finalização dos trabalhos da Fundação com orçamento anual de pouco mais de R$ 3 milhões, em consequência, outras duas secretarias e vários novos departamentos foram criados neste mesmo projeto. 

A Fundação busca em meios legais a reversão do caso e argumenta que além de ter dotação orçamentária menor que a maioria das secretarias e órgãos públicos, compreende que o trabalho realizado se compara ao realizado na Europa com os setores de preservação histórica, tornando-se referência para vários outros municípios brasileiros.

A Fundação Pró-Memória de Indaiatuba, que tem 27 anos de história, lançou uma petição online buscando apoio popular para reverter a decisão. A Fundação, criada em 1993, hoje é responsável pela administração do principal marco histórico da cidade, o Museu Municipal Casarão Pau Preto. Além deste, a Fundação ainda cuida da Biblioteca Municipal, Arquivo Público e promove ações para desenvolvimento profissional, educacional e cultural dos indaiatubanos.

Desta forma, buscando a anulação da decisão, uma petição online foi levantada e a movimentação nas redes sociais. O historiador e professor mestre na Unicamp Fernando Sivieiro, assim como outros representantes da área de preservação ao patrimônio enviaram materiais de apoio à causa, como vídeos e cartas. Em vídeo postado nas redes da Fundação Pró-Memória, o acadêmico lembra dos trabalhos em conjunto com o órgão indaiatubano. “Era uma alegria sempre que visitava o Casarão [Museu Municipal] e via a população engajada”, afirma o historiador.  (com informações de divulgação)

Link da Petição