A programação da série Dança #EmCasaComSesc, realizada pelo Sesc São Paulo, que traz coreografias inéditas ou adaptadas dos principais artistas da dança brasileira, está em nova fase, com a transmissão de espetáculos direto das unidades do Sesc na capital paulista, sem a presença de público no local e seguindo todos os protocolos de segurança. As apresentações serão intercaladas com as lives realizadas na casa dos artistas. A série permanece às terças e quintas, em novo horário, às 21h.

As apresentações são transmitidas no Canal no YouTube do Sesc São Paulo e no Instagram Sesc ao Vivo.

Com a mudança, o Sesc São Paulo passa a acolher apresentações com formações maiores, que contarão com os recursos do palco, permitindo que os trabalhos possam ser executados na íntegra ou bem próximos do original. O formato híbrido, com a manutenção das performances que acontecem no ambiente domiciliar, permite com que a série continue a oferecer encontros com artistas de outros estados ou em condições de maior vulnerabilidade ao coronavírus. Ao mesmo tempo, ao abrir a possibilidade dos palcos do Sesc, dá-se oportunidade a mais profissionais para realizarem seu trabalho, ajudando a estimular o setor cultural.

Mimulus Cia. de Dança (Foto: Phyllis A. McCabe)

Na terça-feira (20/10), a Mimulus Cia de Dança apresenta “Fragmentos em Duo”, com transmissão diretamente do espaço dos artistas, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Revisitando duos criados no contexto de seus mais recentes trabalhos, a Cia busca um rearranjo por meio do desafio de novos encaixes de partes que antes constituíam outros quadros. “Fragmentos em Duo” traz à cena coreografias presentes em diferentes montagens da Mimulus. Duos que subsistem à aparente condenação ao isolamento e a atomização das mais variadas formas de estarmos no mundo. A direção geral é de Jomar Mesquita e Baby Mesquita, com coreografia de Rodrigo de Castro e Andréa Pinheiro – que também são os bailarinos deste espetáculo. A companhia mineira de dança, sediada em Belo Horizonte (MG), prioriza uma proposta singular de retomada do tradicional repertório das danças de salão, mas com o olhar na contemporaneidade, transmitindo seu ideal coreográfico de redescoberta inventiva de uma dança popular de raízes brasileiras. Classificação: 14 anos.

Ballet Stagium (Foto: Giorgio D_Onofrio)

Diretamente do palco do Teatro Antunes Filho, no Sesc Vila Mariana, na quinta-feira (22/10), o Ballet Stagium apresenta “Sonhos Vividos”, criação de Décio Otero com direção de Marika Gidali. O espetáculo é a segunda obra da companhia a se inspirar em Elis Regina (1945-1982). A anterior, “Que Saudades de Elis”, é de 1988, seis anos após a morte da cantora, que também foi aluna e artista em constante processo de investigação nas obras do Stagium. A montagem traça um percurso poético da história recente do país, por meio da vida e da carreira de Elis Regina, que passou como um furacão pela Música Popular Brasileira entre a década de 1960 e o início dos anos 1980, e foi uma espécie de porta-estandarte na defesa de nossa música. Repórter do seu tempo pintou, com sua necessidade de cantar, o retrato de uma sociedade. Classificação: 14 anos.

(Carta Campinas com informações de divulgação)