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Cine África e Festival do Documentário Musical são destaque no ‘Cinema em casa’

Após completar três meses no ar e com mais de 580 mil visualizações, a série Cinema #EmCasaComSesc, realizada pelo Sesc São Paulo, disponibiliza gratuitamente ao público filmes em streaming pela plataforma do Sesc Digital. Nesta semana, além das estreias do período, a série exibe novo longa da Mostra Mundo Árabe de Cinema em Casa, um título do Cine África e seis filmes selecionados do In-Edit | Festival Internacional do Documentário Musical, além de um curta-metragem.

“Esplendor”

Uma das estreias da semana é “Esplendor”, da diretora japonesa Naomi Kawase. Vencedor do Prêmio do Júri Ecumênico e indicado à Palma de Ouro do Festival de Cannes de 2017, o filme narra a história de Misako, uma dubladora apaixonada por versões cinematográficas para deficientes visuais. Em uma exibição, ela conhece Masaya, um fotógrafo mais velho que está perdendo lentamente sua visão. Juntos, eles aprenderão a ver um mundo invisível para os olhos. A classificação indicativa é de 10 anos. Exibido nos festivais de Berlim, Toronto e Buenos Aires e último filme da trilogia chamada “Amor em Tempos de Sistemas Opressivos”, o longa “Em Trânsito”, do diretor alemão Christian Petzold, é baseado no romance escrito por Anna Seghers e acompanha um homem que tenta fugir da França após a invasão nazista. Classificação indicativa: 12 anos.

O Cinema #EmCasaComSesc estreia também “A Cidade Branca”, do cineasta suíço Alain Tanner. O filme, de 1982, traz a história de Paul, um engenheiro que desembarca em Lisboa sem uma razão especial. Sua estadia em um quarto de hotel é vista como um parênteses em sua vida, um interlúdio, durante o qual experimenta um grande vazio existencial. Ele vagueia pela cidade por dias a fio, filmando com sua câmera Super-8. O longa tem classificação de 14 anos e foi exibido também no 8º Panorama Digital do Cinema Suíço.

“A Cidade Branca”

Outro destaque é o documentário brasileiro “Uma Noite em 67”, de Ricardo Kalil e Renato Terra, que mostra os detalhes da final do III Festival da Música Popular Brasileira da TV Record, realizada em 21 de outubro de 1967. Entre os candidatos aos principais prêmios, figuravam Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Mutantes, Roberto Carlos, Edu Lobo e Sérgio Ricardo, protagonista da célebre quebra da viola no palco. Fechando as estreias da curadoria semanal de longas está a animação “Abril e o Mundo Extraordinário”, de Franck Ekinci e Christian Desmares. O filme conta a história da jovem Abril, que parte em busca de seus pais, cientistas desaparecidos, em companhia de Darwin, seu gato falante, e de Julius, jovem vigarista das ruas. Esse trio deverá enfrentar perigos e mistérios. Ambos, documentário e animação, têm classificação indicativa livre.

A série estreia também o curta-metragem nacional “Selma Depois da Chuva”, de Loli Menezes. Selma é uma mulher trans que construiu sua vida longe da família. Um dia, ela recebe um telefonema para ir buscar sua mãe idosa, que sofre de Alzheimer. Nesse encontro, perdidas em lembranças confusas, as duas se lembram de dores e desejos esquecidos. O curta ganhou os Prêmios de Melhor Direção no 27º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade, Menção Honrosa de Melhor Narrativa Curta no Independent Short Awards e Menção Especial no London-X4 Short Film Festival, em 2019. Classificação indicativa: 16 anos.

Cine África

“Fronteiras”

O projeto Cine África, que traz filmes de países como Burkina Faso, Camarões, Egito, Etiópia, Nigéria, Quênia, Senegal e Sudão, estreia na plataforma do Sesc Digial, exibindo nesta semana o longa-metragem “Fronteiras”, da cineasta burquinense Apolline Traoré, dentro do Cinema #EmCasaComSesc. O longa de ficção apresenta a história de três mulheres de origem diferentes, Adjara (senegalesa), Emma (marfinense) e Sali (burquinense), que se encontram em um ônibus na rota entre Bamako (Mali) e Cotonou (Benin). Durante a viagem, elas descobrem belas paisagens africanas e se unem ao enfrentar problemas comuns. A classificação indicativa é de 14 anos. Cine África tem realização do Sesc São Paulo e acontece de setembro a novembro de 2020, com exibições, entrevistas e curso. Para saber mais sobre a Mostra de Cinemas Africanos e o projeto Cine África, acesse: mostradecinemasafricanos.com .

Mostra Mundo Árabe de Cinema em Casa

Mais um filme da Mostra Mundo Árabe de Cinema em Casa estará na programação desta semana. A ficção “1982”, de Oualid Mouaness, traz um retrato de uma linha imaginária de demarcação entre dois mundos, durante um dos momentos mais terríveis da história do Líbano: o mundo adulto e o das crianças, uma fronteira que separa aqueles que conhecem a verdade daqueles que não sabem da gravidade da situação. Apesar do espírito político e antiguerra, o filme não é um thriller de conflito militar, mas um hino à inocência da infância. A classificação indicativa é de 14 anos.

In-Edit | Festival Internacional do Documentário Musical

A plataforma do Sesc Digital também exibe nesta semana seis títulos do In-Edit | Festival Internacional do Documentário Musical. De 11 a 19/9, serão exibidos o norueguês “The Men’s Room”, “Ibiza – The silente Movie”, de Julien Temple, “Sufi, Saint and Swinger”, sobre a vida do jazzman Dr. Lloyd Miller, os brasileiros “Dorivando Saravá, o Preto que Virou Mar” e “Memórias Afro-Atlânticas” e o português “Batida de Lisboa”. Confira abaixo a programação completa e os períodos de exibição. Informações completas sobre o In-Edit | Festival Internacional do Documentário Musical em br.in-edit.org

PROGRAMAÇÃO

#EmCasaComSesc

Estreias 10/09

ESPLENDOR
(Dir.: Naomi Kawase, Japão, França, 2017, 103 min, Ficção, 10 anos)

Sinopse: Misako é uma dubladora apaixonada por versões cinematográficas para deficientes visuais. Em uma exibição, ela conhece Masaya, um fotógrafo mais velho que está perdendo lentamente sua visão. Misako logo descobre as fotografias de Masaya, que estranhamente trará de volta o seu passado. Juntos, eles aprenderão a ver o mundo radiante que era invisível para seus olhos. Prêmio do Júri Ecumênico do Festival de Cannes 2017.

EM TRÂNSITO
(Dir.: Christian Petzold, Alemanha, França, 2018, 101 min, Ficção, 12 anos)

Sinopse: Quando Georg tenta fugir da França após a invasão nazista, ele assume a identidade de um autor falecido cujos documentos ele possui. Preso em Marselha, Georg conhece Marie, uma jovem que está desesperada para encontrar seu marido desaparecido, o mesmo homem que ele assumiu a identidade, e acaba se apaixonando por ela.

A CIDADE BRANCA
(Dir.: Alain Tanner, Suíça, Portugal, 1982, 108 min, Ficção, 14 anos)

Sinopse: Paul, um engenheiro em um navio cargueiro, desembarca em Lisboa sem uma razão especial. Sua estadia em um quarto de hotel é como um parênteses em sua vida, um interlúdio, durante o qual experimenta um grande vazio existencial. Ele vagueia pela cidade por dias a fio, filmando com sua câmera Super-8 e enviando as imagens para sua esposa na Suíça, acompanhadas de cartas que contam suas longas horas de meditação. Em seus passeios, encontra Rosa, por quem se apaixona. Filme exibido no 8º Panorama Digital do Cinema Suíço.

UMA NOITE EM 67
(Dir.: Ricardo Calil, Renato Terra, Brasil, 2010, 85 min, Documentário, Livre)

“Uma Noite em 67” (FOTO: WILSON SANTOS/CPDOC JB)

Sinopse: Final do III Festival da Música Popular Brasileira da TV Record, 21 de outubro de 1967. Entre os candidatos aos principais prêmios figuravam Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Mutantes, Roberto Carlos, Edu Lobo e Sérgio Ricardo, protagonista da célebre quebra da viola no palco. Com imagens de arquivo e apresentações de músicas hoje clássicas, o filme registra o momento do tropicalismo, os rachas artísticos e políticos na época da ditadura e a consagração de nomes que se tornaram ídolos.

ABRIL E O MUNDO EXTRAORDINÁRIO
(Dir.: Franck Ekinci, Christian Desmares, Canadá, Bélgica, França, 2015, 105 min, Animação, Livre)

Sinopse: 1941. O mundo está radicalmente diferente daquele descrito e conhecido pela História. Napoleão V reina na França, onde, assim como no resto do mundo, há 70 anos os cientistas desapareceram misteriosamente. O universo francês é mergulhado numa era pré-industrial, centrada no uso do carvão, onde não há rádio, televisão, eletricidade, aviação, motor à combustão. É nesse mundo estranho que a jovem Abril parte em busca de seus pais, cientistas desaparecidos, em companhia de Darwin, seu gato falante, e de Julius, jovem vigarista das ruas. Esse trio deverá enfrentar os perigos e os mistérios desse mundo extraordinário. Quem sequestrou os cientistas no passado? Que finalidade sinistra há por trás desse desaparecimento?

CURTA-METRAGEM

SELMA DEPOIS DA CHUVA
(Dir. Loli Menezes, Brasil, 2019, 12 minutos, Ficção, 16 anos)

Sinopse: Selma é uma mulher trans que construiu sua vida longe da família. Um dia, ela recebe um telefonema para ir buscar sua mãe idosa, que sofre de Alzheimer e precisa de tratamento. Nesse encontro, perdidas em lembranças confusas, as duas mulheres se lembram de dores e desejos esquecidos e revisitam a culpa e o carinho perdidos. Prêmios de Melhor Direção no 27º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade, Menção Honrosa de Melhor Narrativa Curta no Independent Short Awards e Menção Especial no London-X4 Short Film Festival SPRING 2019.

CINE ÁFRICA

[Disponível de 9 a 16/09]

FRONTEIRAS
(Dir.: Apolline Traoré, Burkina Faso, 2017, 91 min, Ficção, 14 anos)

Sinopse: Três mulheres de origem diferentes, Adjara (senegalesa), Emma (marfinense) e Sali (burquinense), se encontram em um ônibus na rota entre Bamako (Mali) e Cotonou (Benin). Durante a viagem, elas descobrem belas paisagens de países da costa atlântica da África, mas ao mesmo tempo enfrentam problemas como pane no ônibus, roubos, violência contra mulheres e o pesadelo de atravessar as fronteiras. Para sobreviver, Adjara, Emma e Sali são obrigadas a ficar juntas e cuidar uma da outra.

MOSTRA MUNDO ÁRABE DE CINEMA EM CASA

[Disponível de 14 a 20/9]

1982
(Dir.: Oualid Mouaness, Líbano, Estados Unidos, Noruega, Qatar, 2019, 100 min, Ficção, 14 anos)

Sinopse: A grande força de 1982 é o retrato de uma linha imaginária de demarcação entre dois mundos – o mundo adulto e o das crianças: uma fronteira que separa aqueles que conhecem a verdade daqueles que alegremente desconhecem a gravidade da situação; uma linha traçada por adultos na tentativa de proteger os jovens. Por um lado, representando o mundo infantil, temos Wissam, enquanto a porta-voz do universo adulto é a sua professora, notavelmente encarnada pela cineasta e atriz libanesa Nadine Labaki (Cafarnaum, Para Onde Vamos Agora?, Caramelo). Apesar do espírito político e anti-guerra de 1982, este não é um thriller de conflito militar. 1982 é um hino à inocência da infância, defendendo a maneira inesperada como esta se manifesta durante um dos momentos mais terríveis da história do Líbano.

IN-EDIT | FESTIVAL INTERNACIONAL DO DOCUMENTÁRIO MUSICAL ###

[Disponível por 48h]
De 11/9, sexta, às 18h, até 13/09, domingo, às 18h

THE MEN’S ROOM
(Dir.: Petter Sommer, Jo Vemund Svendsen, Noruega, 2018, 75 min, Documentário, Livre)
Sinopse: O emocionante dia a dia de um coro masculino da Noruega que, enquanto ensaia para abrir o show do Black Sabbath, recebe a notícia de que seu maestro está morrendo de câncer. Filme vencedor do In-Edit Barcelona e de muitos outros festivais.

[Disponível por 24h]
De 13/9, domingo, às 18h, até 14/09, segunda, às 18h

IBIZA – THE SILENT MOVIE
(Dir.: Julien Temple, Reino Unido, 2019, 90 min, Documentário, Livre)
Sinopse: A história de Ibiza contada em filme sem diálogos, mas cheio de música. Da chegada dos fenícios à explosão das macrodiscotecas, esta ilha mediterrânea sempre foi refúgio para forasteiros e sonhadores.

[Disponível por 24h]
De 14/9, segunda, às 18h, até 15/09, terça, às 18h

SUFI, SAINT AND SWINGER
(Dir.: Andrés Borda, Camila French, Colômbia, Reino Unido, Estados Unidos, 2019, 71 min, Documentário, Livre)
Sinopse: A vida do jazzman Dr. Lloyd Miller parece ficção. Poliglota e multi-instrumentista ele estabelece uma estreita relação com o Irã e acaba se mudando para lá, onde passa a atender pelo nome Kurosh Ali Khan.

[Disponível por 30h]
De 15/9, terça, às 18h, até 16/09, quarta, às 23h59

DORIVANDO SARAVÁ, O PRETO QUE VIROU MAR

(Dir.: Henrique Dantas, Brasil, 2019, 86 min, Documentário, Livre)

Sinopse: A vida e a obra de Dorival Caymmi analisada a partir de sua negritude. Cantor, compositor, ator e pintor, Dorival Caymmi foi um artista múltiplo, mas o que alguns podem não conhecer é seu trabalho pioneiro de introdução do candomblé na música popular brasileira. Recriando de maneira poética conceitos presentes na obra e na vida de Caymmi, o documentário revela o artista a partir de suas próprias falas, garimpadas em antigas revistas.

[Disponível por 48h]
De 16/9, quarta, às 18h, até 18/09, sexta, às 18h

MEMÓRIAS AFRO-ATLÂNTICAS
(Dir.: Gabriela Barreto, Brasil, 2019, 76 min, Documentário, Livre)
Sinopse: A história do linguista negro norte-americano Lorenzo Dow Turner, responsável por gravar e fotografar os terreiros de Candomblé, na Bahia, entre 1940 e 1941, gerando um acervo inédito.

[Disponível por 24h]
De 18/9, sexta, às 18h, até 19/09, sábado, às 18h

“Memórias Afro-Atlânticas”

BATIDA DE LISBOA
(Dir.: Rita Maia e Vasco Viana, Portugal, 2019, 76 min, Documentário, Livre)
Músicos de diferentes gerações e origens, de Angola, São Tomé, Cabo Verde e Guiné Bissau, hoje tomam a cena de Lisboa e convertem a sua batida em um novo símbolo de identidade da capital lusitana.

“Batida de Lisboa”

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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