O novo ministro da Educação do governo Bolsonaro, Carlos Alberto Decotelli, consegui algo raro no meio acadêmico. Ele foi reprovado no exame de qualificação da banca de doutorado na Universidade Nacional de Rosário, na Argentina.
O exame de qualificação dificilmente reprova o aluno, visto que nessa fase do trabalho é apresentada uma pesquisa inconclusiva, em que a banca de professores procura ajudar o aluno para a defesa final do doutorado, quando realmente há a avaliação. O novo ministro foi incapaz de apresentar sequer um texto incompleto.
Por esse motivo, o ministro mentiu no currículo ao dizer que tinha doutorado. Ele, portanto, não tem o diploma do curso, contrariando o que afirmava em seu currículo.
A informação foi divulgada pelo jornal El País, após entrevista com o reitor da universidade de Rosário, Franco Bartolacci. Ele afirmou ao ElPaís que o então aluno “apresentou uma versão escrita que foi julgada desfavoravelmente pelo júri e, portanto, não pôde fazer sua defesa oral”. Mais cedo, o reitor havia usado o Twitter para desmentir parte do currículo de Decotelli apresentado pelo presidente Bolsonaro no anúncio de sua nomeação para comandar o MEC nesta quinta-feira.
O novo ministro afirmava ter concluído doutorado em Administração pela Faculdade de Ciências Econômicas e Estatística da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina. Não só afirmava, como escreveu a informação no Currículo Lattes. O Sistema Lattes é uma plataforma do governo federal em que os pesquisadores de todo o Brasil preenchem os formulários do currículo, criando um padrão único de currículo. (Reportagem completa Aqui)