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Assessor detido ao negociar testes roubados seria candidato pelo mesmo partido de Jonas

Um assessor da Prefeitura de Campinas, ligado à pasta de Esportes, que foi detido e levado à delegacia nesta terça-feira (14) com outros três homens por suspeita de negociar a compra de 25 mil testes para diagnóstico da Covid-19, afirmou que é inocente. De acordo com a Polícia Militar, os testes seriam de uma carga roubada em São Paulo.

Fernandinho (foto reprodução – revista forum – instagram)

O assessor Fernandinho Mariano ganha cerca de R$ 9 mil cumprindo expediente na prefeitura de Campinas. Ele é comissionado, cargo de confiança, e seria pré-candidato a vereador pelo PSB, o mesmo partido do prefeito Jonas Donizette.

O sargento Alexsander Tércio de Amorim, da PM, explicou que a marca dos testes e as características seriam as mesmas dos lotes roubados no Aeroporto Internacional de Guarulhos nesta semana. Em boletim de ocorrência, policiais disseram que os envolvidos iriam receber 2% sobre a venda de cada kit que seria negociado por R$ 130,00.

No Facebook, Fernandinho publicou um vídeo chamando de “fake news” as notícias de que ele teria sido preso. De acordo com ele, trata-se de uma tentativa de “derrubar” seu trabalho na prefeitura.

Contudo, o assessor confirmou a participação na compra dos insumos médicos, mas disse que os mesmos estavam sendo vendidos por “uma empresa de São Paulo”, sem citar o nome.

“Uma empresa de São Paulo estava intermediando a comercialização, legal e licitamente, insumos médicos para prefeituras do interior, principalmente testes para constatação de Covid-19”, disse. O nome da suposta empresa também não consta no boletim de ocorrência da Polícia Militar.

“Vislumbrei que se tratava de algo importante para nosso município”, continuou. “Me pediram, tão somente, que indicasse alguém da secretaria da saúde, com quem poderiam entrar em contato para formalizar uma proposta de venda, dentro dos parâmetros permitidos em lei”.

O caso foi levado à Delegacia de Investigações Gerais de Campinas. Dois dos envolvidos já teriam ficha criminal por receptação. Em nota, a Prefeitura de Campinas disse que vai aguardar a apuração dos fatos para se manifestar e tomar as medidas cabíveis. (Da Revista Fórum)

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