O vereador Pedro Tourinho (PT) protocolou um projeto de lei na Câmara de Campinas que prevê a realização de análises a cada 6 meses para a detecção da presença de agrotóxicos nas águas destinadas ao consumo humano.

Pedro Tourinho (foto câmara de campinas – div)

Um levantamento com dados Ministério da Saúde, que foram obtidos e tratados em investigação conjunta da Repórter BrasilAgência Pública e a organização suíça Public Eye, revelou que a água de Campinas está contaminada com 27 agrotóxicos, sendo 11 altamente tóxicos e que provocam doenças crônicas como câncer, defeitos congênitos e distúrbios endócrinos. Desses, 26 estão acima do limite permitido por lei como a Atrazina, Carbendazim, Carbufurano, DDT, Glifosato e outros. (LINK)

“Esses dados alarmantes sobre a presença dos agrotóxicos na água que a gente consome não deveriam ser surpresa para ninguém já que o Brasil é campeão mundial em uso de agrotóxicos, inclusive com a benção do governo Bolsonaro, que liberou o uso de substâncias tóxicas que são proibidas em outros países”, afirmou Tourinho.

Em um quarto das cidades brasileiras foi detectada na água a presença de um coquetel de agrotóxicos, segundo dados do Ministério da Saúde colhidos no período de 2014 a 2017.

São Paulo foi estado em que se identificou a maior variedade de substâncias. Dezesseis dos vinte e sete agrotóxicos identificados são considerados pela Anvisa extremamente ou altamente tóxicos, sendo que onze estão associados ao desenvolvimento de doenças crônicas, como câncer, malformação fetal, disfunções hormonais e reprodutivas.

O vereador Pedro Tourinho acredita que esse projeto deve trazer mais transparência para os consumidores. “Nada mais justo para o consumidor do que saber pelo que está pagando. Campinas tem uma das maiores tarifas de água do país, portanto não é mais que a obrigação da Sanasa (empresa de saneamento básico de Campinas) oferecer água com a maior qualidade possível juntamente com um sistemático informativo sobre sua composição”. O projeto também prevê que todas as informações colhidas nos testes semestrais devem estar disponíveis de uma forma compreensível para toda a população. (Com informações de divulgação)