No ano de maior ataque contra a Educação e professores da história, o Brasil registrou uma fuga de jovens e adultos das escolas. Cerca de 800 mil jovens e adultos não se matricularam em 2019 em relação ao ano anterior. Esse número é a soma da redução de matrículas no ensino médio, fundamental e de adultos.

Como não houve redução nas matrículas das creches, pelo contrário, houve crescimento, a redução de jovens e adultos não está ligada à redução da natalidade, mas principalmente à situação econômica e psíquica do país. Veja reportagem abaixo:

(foto ebc)

As escolas públicas matricularam 616 mil alunos a menos em 2019 nos ensinos fundamental e médio, conforme dados do Censo Escolar, divulgado parcialmente pelo Ministério da Educação nesta segunda-feira (30).

De acordo com o levantamento, foram matriculados aproximadamente 6,192 milhões de alunos no ensino médio em 2019, contra cerca de 6,462 milhões no ano anterior – uma redução de 4,34%. Esse segmento teve quase 270 mil matrículas a menos, entre 2018 e 2019. 

Já no ensino fundamental, do 1º ao 9º ano, a redução foi de 1,62%, passando de cerca de 21,760 milhões para aproximadamente 21,413 milhões.

A redução de matrículas para a modalidade presencial da Educação de Jovens e Adultos (EJA) foi mais expressiva, alcançando 9,6%. Os alunos cadastrados passaram de cerca de 2,878 milhões, em 2018, para 2,625 milhões, em 2019. 

O índice subiu apenas nas matrículas em creches e pré-escolas. Neste ano, foram matriculadas mais de 2,433 milhões de crianças de zero a 3 anos em creches, superando as 2,333 milhões de 2018 – um aumento de 4,24%.

Na pré-escola, o número passou de cerca de 3,915 milhões para 3,945 milhões, um acréscimo de 0,75%.

Censo Escolar

O Censo Escolar é uma pesquisa realizada com a colaboração entre União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. Todas as escolas fazem parte da estatística, coletada por meio de declarações.

Os dados divulgados nesta segunda-feira (30) ficaram restritos apenas ao número de matrículas. De acordo com o governo federal, a pesquisa completa deve ser divulgada no fim de janeiro de 2020. (Erick Gimenes – Brasil de Fato)