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O Fino da Roça conta a trajetória da música caipira de forma instrumental

O grupo O Fino da Roça se apresenta no próximo dia 23 de novembro, sábado, às 20h30, na Rabeca Cultural em Sousas.

(Foto: Divulgação)

“A poesia do caipira é como uma flor do campo que, quando olhada de longe, junto à flora campestre, parece de uma simplicidade rude, mas, se vista de perto, tem tantos detalhes quanto qualquer flor.”

Quando pensamos em música caipira, nosso pensamento se reporta a um período não muito distante, quando ela começou a ser gravada, no fim da década de 1920. Através do rádio e dos discos, ela trouxe a nós o cotidiano do camponês do centro-sudeste do Brasil, o caipira, utilizando vozes e instrumentos como a viola e o violão.

Embora alvo de preconceitos pela visão urbano-progressista, as gravações de música caipira representam a terceira maior fatia do mercado de disco do país e, por sua vez, contribuíram para que o migrante dos bolsões rurais se fixasse na cidade sem perder totalmente os valores culturais da sua origem.

Segundo o pesquisador e professor Ivan Vilela, a história da música caipira pode ser dividida em três fases. Na primeira fase, o disco contribuiu para a preservação dos valores caipiras na forma de viver, falar. Já na segunda fase, surgiram novos ritmos como a guarânia, querumânia, polca paraguaia e pagode caipira. Há também o surgimento do grande tocador de viola, o instrumentista com o virtuosismo de Tião Carreiro. Na terceira fase, a viola perde espaço para a guitarra e a música que tinha como tema a natureza e a saudade, passa a ser mais romântica.

O Trio O Fino da Roça tem o objetivo de contar um pouco a trajetória da música caipira de forma instrumental, através de releituras que buscam retratar as características dos compositores de cada fase, mesclando o tradicional ao movimento no qual a viola vem sendo inserida nos últimos anos.

Os instrumentistas que participam do projeto são Adriel Job, percussão; Araê Cainã, violão sete cordas e Pedro Henrique, viola caipira. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Repertório
Tristeza do Jeca – Angelino de Oliveira
Brincando com a Viola – Domingos Miguel dos Santos – “Bambico”
Corta Jaca – Chiquinha Gonzaga
Alvoradinha – Zé Coco do Riachão
Viola Chic Chic – Tião Carreiro
Malandrinho – Tião Carreiro
Pagode do Véio – Messias da Viola
Língua de Preto – Honorino Lopes
Voo das Garças – Zé Coco do Riachão
A Coisa tá Feia – Tião Carreiro / Lourival dos Santos
2 Pias – Pedro Henrique Gava
Amargurado – Osvaldo Franco / José Dias Nunes
Falsa Ilusão – Tião Carreiro & Carreirinho

O Fino da Roça
Ariel Job, percussão
Araê Cainã, Violão de 7 cordas
Pedro Gava, Viola Caipira (Crédito da Foto)
23 de novembro
Sábado 
20h30
R$ 30,00
R$ 25,00 antecipado
Rabeca Cultural
Av. Dona Maria Franco Salgado, 250, Jd. Atibaia, Sousas, Campinas, SP.

Ingressos antecipados e mais informações pelo celular 19 997206186 ou pelo
facebook.com/rabecacultural 

Serviço de bar da Rabeca Cultural
Aceita cartões de débito

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