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FEIAvinte movimenta a cidade com festas, dança, teatro, música, performance, oficinas e artes visuais

De 6 a 13 de outubro, acontece o FEIAvinte, o 20º Festival do Instituto de Artes (IA), da Unicamp.

O FEIAvinte vai ocupar diversos espaços da cidade, como Estação Cultura, Praça do Coco e Maloca Arte e Cultura, além da própria universidade.

Durante os oito dias de programação, o festival apresentará mais de 80 atividades nos três períodos, manhã, tarde e noite, todas gratuitas e abertas ao público de Campinas e região.  

Ao todo, serão 27 oficinas, 30 apresentações musicais, nove espetáculos de artes cênicas, cinco espetáculos de dança, três exposições de artes visuais e fotografia, cinco rodas de conversa com convidados, dois espetáculos interdisciplinares, uma feira de publicações independentes, uma mostra de filmes de curta metragem, um sarau, e atividades diversificadas, como desfile, construção coletiva de um painel e programações noturnas.

Entre os destaques da programação está Ava Rocha, abrindo o festival com seu show “Trança”; o artista visual Denilson Baniwa, em uma mesa de debate sobre arte indígena; a artista capixaba Castiel Vitorino, ministrando uma oficina; e a cantora e compositora Maria Beraldo, finalizando a semana na Estação Cultura com seu show “Cavala”.  

Nesta vigésima edição, o FEIA conta com interpretação simultânea em Libras, a Língua Brasileira de Sinais, e audiodescrição em algumas apresentações, que estão marcadas na programação, e também com recursos táteis em algumas exposições de artes visuais.  

“O FEIA nasceu na UNICAMP > Barão Geraldo > Campinas > São Paulo > Brasil > América Latina, na virada do milênio por iniciativa de estudantes de diferentes cursos da UNICAMP. Ao longo desses vinte anos de trajetória o festival vem construindo espaços de valorização e difusão das artes através da autonomia e organização estudantil, reconstruindo artística, política e afetivamente o espaço da universidade. Essa organização autônoma se dá por uma equipe rotativa, que se renova a cada ano e permite que estejamos sempre dialogando com as demandas e urgências do agora. Tudo isso num contexto de cortes de verba destinada à educação, desde a infantil até pós-graduação. Esse sucateamento e desmonte da educação pública no país é um projeto que não é de hoje e que ameaça constantemente a existência do Festival e da própria universidade pública.

Pegamos nossas ferramentas e construímos com nossos braços e afetos a materialização daquilo que acreditamos: um espaço de troca de experiências, olhares, saberes, referências, linguagens, trabalhos, abraços e de tudo que couber. O que desejamos é movimento, assim, oferecemos uma semana movimentada com espetáculos, shows, oficinas, exposições, instalações, intervenções, mostras, exibições, rodas de conversa, festas, dança, teatro, música, performance, artes visuais, circo, fotografia, audiovisual e ações educativas/formativas, tudo isso gratuitamente e em diferentes pontos da cidade de Campinas.

Só com movimento derrubamos os muros invisíveis ou bem visíveis da universidade pública, reinventando um espaço de saberes múltiplos. O FEIA nos propõe deslocamentos do nosso lugar, propõe uma desierarquização dos conhecimentos, e mostra que a universidade pública é um espaço de todas, todos, todes, por direito, e deve ser ocupado também com produções artísticas vindas da comunidade não acadêmica.

É preciso saber de onde viemos para saber para onde ir; é preciso ver ancestralidade no futuro e futuro na ancestralidade; é preciso escolher qual caminho vamos tomar. Neste caminho, de mãos dadas, numa rede de afetos forte e resistente, nadamos contra a correnteza do conservadorismo, fazendo existir e resistir um festival artístico num cenário esmagador para as classes estudantil e artística.

Resistimos e resistiremos. E é nesse vigésimo ano de história que desejamos nos enxergar como parte de um ‘nós’ cada vez mais plural, reafirmando nossa existência de maneira crítica e construindo coletivamente o espaço em que queremos estar. Foram dezenove anos de caminhada para chegar na encruzilhada – diferentes trajetórias se cruzam e se encontram no FEIAvinte. A encruzilhada nunca é um fim mas um ponto de partida para um novo desconhecido”, anotam os organizadores do Festival.

A programação completa do FEIAvinte pode ser conferida no site oficial ou na página no Facebook. (Carta Campinas com informações de divulgação)

FEIAvinte – Festival do Instituto de Artes da Unicamp

Data: 6 a 13 de outubro 

Local: várias atividades espalhadas pela cidade, consulte a programação completa em www.feia.art.br

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