Uma tropa de choque montada pelo PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, já começou a atuar para atrapalhar e bloquear o andamento da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News.

Angelo Coronel (foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O PSL tentou bloquear a análise de uma série de pedidos para investigar esquemas de corrupção por fake news durante as eleições, bullying digital e divulgação de dados. O partido é contra a investigação de fake news que possivelmente tenha corrompido as eleições de 2018. Eles alegaram que não há fato determinado e iniciaram bate boca para tumultuar a sessão dos primeiros a serem ouvidos pela CPMI.

Em junho, o espanhol Luis Novoa, dono da Enviawhatsapps, confirmou que empresários brasileiros contrataram programa de sua agência para fazer disparos de mensagens em massa, pelo Whatsapp, em favor do então candidato Jair Bolsonaro (PSL) durante a campanha eleitoral de 2018.

Em gravação obtida pelo jornal Folha de S.Paulo, Novoa afirma que só foi descobrir do uso político quando algumas linhas telefônicas utilizadas passaram a ser cortadas pelo aplicativo de mensagens. Segundo a reportagem, “empresas, açougues, lavadoras de carros e fábricas” brasileiras contrataram os serviços de Novoa. Até então, ele disse achar normal, pois muitas empresas utilizam os disparos pelo Whatsapp para fazer marketing comercial.