.Por Roberto Ravagnani.

O trabalho voluntário tem características incríveis e até hoje ainda me surpreendo com o poder de conexão que ele traz. Ainda hoje participando de uma reunião, percebi este poder, quando falava de um trabalho voluntário, instantaneamente o interlocutor já se lembrou de alguém que imediatamente já me colocou em contato com esta pessoa, já marcamos uma conversa e por telefone já vimos que teria sinergia no que fazemos, ufa, tudo isso em poucos minutos graças ao trabalho voluntário.

(imagem geralt – pl)

Coincidência? Talvez, mas não acredito muito nessa palavra, creio que os bons encontros são possíveis graças a bons trabalhos e boas conversas, regadas com bons assuntos, a esta combinação podemos dar o nome de “coincidência”.

Acredito que o trabalho voluntário faz um pouco desta combinação, traz pessoas interessadas no bem estar próprio e do mundo, pessoas desapegadas de seus egos e do materialismo a que somos expostos diariamente, portanto pessoas que tem sintonia com o chamado “bem”, não estou demonizando quem não pratica o voluntariado, só acredito que aqui, um pouco diferente da física, os iguais se atraem de forma sinérgica, para co-criar para si com bons resultados para o próximo.

Deixo sempre muito claro em meus textos, palestras, programas de rádio e conversas, que trabalho voluntario tem que fazer bem em primeiro lugar para quem faz e como resultado, traz bons benefícios para quem recebe.

Se não for bom para quem faz, este vai se desinteressar muito rápido pelo trabalho, vai se desmotivar e não vai conseguir entregar bem e nem se dedicar como deve, todo voluntário, a causa escolhida, portanto, sim, eu em primeiro lugar e depois nós. Parece pedante, egoísta, mas é uma condição importante para fazermos bem aquilo que nos propomos, isto vale para o trabalho voluntário assim como para nossa vida.

Se não valorizarmos a nós mesmos, se não cuidarmos de nós, se não nos conhecemos, quem o fará?

O trabalho voluntário e/ou engajamento social é uma grande ferramenta para este conhecimento, cuidado e valorização do “eu” para cuidar também do “nós”.

Vamos nos cuidar?

Roberto Ravagnani é palestrante, jornalista, radialista, conteudista e Consultor especialista em voluntariado e responsabilidade social empresarial. Voluntário palhaço hospitalar desde 2000, fundador da ONG Canto Cidadão, Associado para o voluntariado da GIA Consultores no Chile, fundador da Aliança Palhaços Pelo Mundo, Conselheiro Diretor da Rede Filantropia, sócio da empresa de consultoria Comunidea e Membro Engage for business. www.robertoravagnani.com.br