Por Roberto Ravagnani
Minha pressa e ânsia em responder a esta pergunta poderia fazer com que eu escrevesse somente: Muita coisa boa.Mas como sei que seria altamente criticado por ter uma coluna com somente duas linhas, melhor para a continuidade dela, discorrer um pouco mais.
O engajamento social, dito voluntariado, pode sim trazer muitas coisas para sua vida, entre elas a ocupação de sua cabeça com coisas absolutamente pertinentes a continuidade da espécie humana na crosta terrestre da forma por nós hoje conhecida. Pois quando praticamos este ato, demonstramos que temos respeito e amor pela convivência em comunidade e sociedade da forma hoje existente, pode estar um pouco deteriorada, mas é o que temos para lidar.
Por outro lado, quando praticamos o dito trabalho voluntario faz com nossa cabeça trabalhe, pois para muitos, independente do motivo, tem suas funções criativas atrofiadas e isso é fundamental, ter nossas funções criativas ativas, para o nosso desenvolvimento e nossa existência viva, “Mens sana in corpore sano”.
Ok a mente fica ativa, mas e o corpo? Pode ficar muito ativo, dependendo do tipo de trabalho que buscar realizar, busque aquilo que lhe traz prazer e que se alinhe com seus desejos.
Realização de trabalho voluntário, traz convivência com o outro, que as vezes é seu vizinho, mas na correria, na distração do dia a dia nem os percebemos, convivência traz novas amizades, novas possibilidades, eu mesmo conheci o amor da minha vida no trabalho voluntário e no voluntariado exercitamos o gostar, amar, sem esperar nada em troca, o amor fraterno, o amor como a um irmão ainda desconhecido, raras as possibilidades dessa prática.
O engajamento social, traz conhecimento, de uma sociedade que passa a sua frente todos os dias, mas que ainda não obtivera a condição para conhecê-la de forma intima, de forma a fazer parte da solução dela ou pelo menos de sua melhoria parcial. Quem não quer fazer parte da solução? Todos estamos ávidos para sermos heróis, não os seremos no trabalho voluntário, mas certamente seremos uma parte da solução e isso já é muito importante. Meu convite sempre será para experimentar fazer parte do grupo que critica, mas sai do sofá para ajudar a melhorar, reclamões de plantão temos muitos, zeladores das relações poucos. A qual grupo você quer pertencer?
Roberto Ravagnani é jornalista e consultor