Pela segunda vez, o PM Fabricio Queiroz, ex-assessor do deputado Flávio Bolsoanro (PSL-RJ), não apareceu para prestar depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) sobre as movimentações suspeitas, no valor de R$ 1,28 milhão, identificadas em sua conta corrente. O depoimento estava marcado para as 14h desta sexta-feria, 21. Após 15 dias do desaparecimento do motorista, nenhuma condução coercitiva ou prisão foi decretada contra Fabrício Queiroz.

Fabricio Queiroz já havia faltado ao depoimento na quarta-feira (19), alegando uma “inesperada crise de saúde”. Segundo a defesa do ex-assessor, não houve tempo hábil para analisar os autos da investigação. Eles solicitaram cópias dos documentos. De acordo com o MPRJ, o advogado de Queiroz informou que seu cliente “precisou ser internado na data de hoje, para realização de um procedimento invasivo com anestesia, o que será devidamente comprovado, posteriormente, através dos respectivos laudos médicos”. A defesa se comprometeu a apresentar os referidos laudos até o próximo  dia 28.  

Divulgado também no último dia 14 pelo jornal O Dia, do Rio de Janeiro, mais duas assessora de Flávio Bolsonaro, Lídia Cristina dos Santos Cunha e Valdenice de Oliveira Meliga trabalham na verdade na liderança do PSL. Cada uma recebe um salário líquido de R$ 5.124,62, segundo a folha de pagamento de outubro. Valdenice é irmã dos PMs que trabalhavam da campanha de Flávio Bolsonaro e foram presos na Operação Quarto Elemento. (LINK)

O MP-RJ afirmou que irá pedir o comparecimento do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro, no dia 10, para que preste esclarecimentos acerca dos fatos. “Dando prosseguimento às investigações será enviado ofício ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) sugerindo o comparecimento do deputado estadual Flávio Nantes Bolsonaro, no dia 10/01, para que preste esclarecimentos acerca dos fatos”, informou, por nota, o MP-RJ.

O MP-RJ havia organizado um forte esquema de segurança para o depoimento de Fabricio Queiroz, com direito à entrada de Fabricio protegida da imprensa para garantir sua privacidade. O episódio foi criticado pelo líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta. (247/Carta Campinas)