No próximo dia 09 de dezembro, domingo, em Barão Geraldo, no Korova 71, acontecerá a 3° Edição da CLANDESTINAS, uma Feira de Publicações independentes.

“Próximas do fechamento do ano, com a conjuntura politica atual, queremos através da feira fomentar organizações populares e trocas que possibilitem ações e movimentos. Juntamos muita arte feminista para impulsionar e dar fôlego para lutas que virão pela frente!”, anotam as organizadoras.

Clandestinas é a união de mulheres que através de suas expressões artísticas, de maneira individual e coletiva, resistem ao machismo, o racismo e a exploração de classe; e utilizam o papel como um dos instrumentos para a reflexão e rebeldia. O grupo organiza eventos voltados às publicações femininas independentes e autorais que não circulam no meio editorial e comercial convencionais.

Veja abaixo mais detalhes de toda programação:

* EXPOSITORAS *
– AForca
– Pelos Becos
– Laboratório Torpe de Malcriações Gráficas
– Nus Passos
– Zebra Amarela
– Mariane Rubinato
– Gorda Voadora
– Gabriella Zanardi
– Diana Lanças
– Editora Jabuticaba

* MÚSICA *
– Banda Tosca
– DJ Raquel Ruff
– JuPat
– Banda Manaminamona

* Entrada GRATUITA a todxs *
* Arte Cartaz AForca *
* FORTALEÇA ARTISTAS INDEPENDENTES *

Expositoras

Zebra Amarela
Tanto colagens digitais quanto as manuais vem da fascinação pela história contada através da fotografia. Ao recortar uma imagem de uma revista sensacionalista, coloco ela em um outro mundo, descongelo seu momento para que possa viver outro.
Nus Passos
Arte insubimissa e subversiva
Diana Lanças
Trabalha com pintura e gravura, transitando entre a observação de plantas e coisinhas do dia a dia, e a tentativa de materialização dos labirintos internos. Faz cadernos artesanais e acredita nas mãos como ferramenta e potência criativa.
Pelos Becos
A rua é um universo de possibilidades. Andar pelas cidades é se comunicar com ela. Vozes e vivências ecoam pelos muros e pelos becos. E a arte é quando tudo isso se junta. No olhar, que ressalta a potência dos gritos nos muros. E nos rabiscos, que expressam existências, por vezes silenciadas, mas sempre insubmissas. Com ouvidos e pulmões atentos aos sussurros e berros dos muros e com pés que caminham curiosos pelas curvas das cidades.
Renata Ragazzo
Tento, por traços e pontos, observar o mundo além de suas formas. Não há necessidade de impor pontos de vista quando se luta pela superação de padrões. Sendo mulher, feminista e gorda, a necessidade de superar a uniformidade de olhares e estética é questão de sobrevivência. Há silêncios no ser mulher que as palavras ainda não nos dão repertório de vocabulário o suficiente para expressar. Encontrei no desenho a melhor maneira de imprimir isso. A abundância de um corpo gordo permite que entre dobras se escondam os segredos da nossa libertação. A mulher gorda com asas é para mim a expressão dessa libertação e da contradição gerada pela mente leve em corpo denso. Daí nasce a série de desenhos da Gorda Voadora. Gordas em movimentos simples, porque a emancipação não se dá somente na complexidade, mas em focos do cotidiano, no deslocar do espaço e tempo.

Música

JuPat
Um som que inunda! Como a chuva, JuPat transborda em ritmo e poesia. Um rap visceral cujas letras expressam vivências, transformação e libertação! A música é como um reflexo de si mesma que brinda a fluidez das águas e a magia de poder contar histórias através do ritmo. Diretamente de Piracicaba, JuPat prestigia a Clandestinas com seu álbum “Toda Mulher Nasce Chovendo”. Tá pesado! Tá incrível!

Manaminamona
Com muita gritaria e rebeldia essas minas explodem um rock feminista! Com guitarras e úteros libertos, lançam um som e um papo reto que pisa em cima do conservadorismo e destaca a resistência sapatão. Enérgicas e orgásticas, impossível não se contagiar com elas: aqui a gente extravasa toda nossa revolta. O palco é das minas!

DJ Raquel Ruff
DJ Raquel Ruff sempre chega na responsa e de sorriso largo no comando das pick ups. Suas referências do reggae, ska, dance hall, rap e r&b balançam qualquer corpinho animando todas as pistas.
Com sua seleção no flow essa “monstrona” de Campinas vem marcando posição. Vem e estrala porque a cabeça explode com a potência da RuffNeck Sound System.

Tosca
Com um som experimental em um post punk com energia desgraçadamente bem encaixada, humorado melódico e fora de controle, tosca é para animar para mimar, para pular, dançar! A bateria bate forte o tambor e você quer tutupa tutupa. A guitarra canta e você escuta querendo bailar. O baixo estronda e você quer curtir a noite ouvindo o som estrondoso vindo de TOSCA OUÇA! OUZA! DANÇE SEM PARAR!

Mais informações podem ser vistas no evento no Facebook. (Carta Campinas com informações de divulgação)