Ao criticar Bolsonaro, Ciro disse: “receber sem trabalhar para muitos pode ser coisa de bandido. Então, bandido bom é bandido morto?”, questionou. Depois Ciro respondeu: “eu acho que não”. (Veja link do vídeo)
Ciro se referia ao estranho caso de Renato Antônio Bolsonaro, irmão de Jair Bolsonaro. Renato foi exonerado no dia 7 de abril de 2016 do cargo de assessor especial parlamentar do deputado estadual André do Prado (PR) após ser divulgado o escândalo. Ele era funcionário fantasma na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Segundo informações reveladas em reportagem do SBT, pelo repórter Fábio Diamante, Renato Antônio recebia mensalmente um salário de mais de R$ 17 mil mensais sem comparecer à Assembleia. Contando com o 13º salário, Renato Bolsonaro, custava aos cofres públicos mais de R$ 228 mil por ano. O irmão de Bolsonaro trabalhava com o político havia três anos e recebeu dos cofres públicos perto de R$ 700 mil.
Ainda de acordo com informação da reportagem, Renato é o propritário de lojas de móveis na região de Miracatu, no interior do estado,e trabalhava em uma delas enquanto deveria estar na Alesp.
Renato aparece em um dos automóveis mais baratos do mercado, um Uno, e entra em uma casa de aparência também simples.
Sem portão eletrônico, após entrar com o carro, ele desce e puxa o portão de ferro. A casa parece ficar abaixo do nível da rua e Renato, segundo se vê na reportagem de Fábio Diamante, se parece mais com um simples funcionário cumpridor de ordens e horários do que com um empresário.
Outra coisa interessante. O repórter pergunta: “Você tem mais lojas?”. E ele não responde: “tenho mais quatro lojas”, o que seria natural. Ele responde: “eu trabalho com quatro lojas“. Em outros casos, por muito menos, o Ministério Público já abriu investigação.
Já Jair Bolsonaro tem imóveis avaliados em R$ 15 milhões.
Por algum motivo, o link do SBT com a reportagem da época está sem o vídeo. Mas é possível ver a reportagem no You Tube. (Com informações do Pragmatismo Político/SBT/ ExameAbril e outros).
Veja um dos links do YouTube com a matéria.
