Um retrato trágido do Brasil pode não ser só o descaso com a educação, incluindo ciência e tecnologia, que levaram ao incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro.

O país, que promove seu próprio suicídio ao congelar por 20 anos o investimento em Saúde e Educação, tem 250 mil vagas de emprego abertas e que não conseguem ser preenchidas por falta de profissionais qualificados. Isso numa situação com 13 milhões de pessoas desempregadas.

A informação sobre as vagas que não são preenchidas foi dada pelo professor do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP), Glauco Arbix (foto), durante entrevista a Rádio USP;

O professor comentava sobre o Movimento Brasil Digital, que reúne um grupo de empresas que se juntou para propor políticas para o governo. A ideia dos empresários é auxliar o governo em políticas na área tecnológica e evitar o gargalo como esse de falta de vagas que não são preenchidas diante de um quadro de alto desemprego.

“Há cerca de 250 mil vagas abertas para profissionais de tecnologia que não conseguem ser preenchidas. As empresas têm vaga, mas não encontram pessoas qualificadas no mercado para preencher essas vagas. Esse é um problema seríssimo para o governo”, afirmou o professor.

Para essas empresa e para o professor, é necessário reforçar a educação de base em ciência, tecnologia, engenharia e matemática; fortalecer o ensino e as iniciativas ligadas ao empreendedorismo e diminuir a burocracia.

Mas com o congelamento dos investimentos em educação, esse quadro tende a se agravar, gerando um grande exército de mão de obra desqualificada e a incapacidade de empresas de contratar profissionais com alta qualificação. O país ficou inviabilizado com o congelamento dos investimentos em educação.