O cenário ainda é imprevisível no momento.

No entanto, o que está se configurando é Haddad do PT contra a extrema-direita no segundo turno.

Isso já é uma tragédia, visto que a extrema-direita terá 23 minutos por dia no horário eleitoral para falar as maiores loucuras e envenar ainda mais a população.

O maior desafio seria evitar a extrema-direita no segundo turno. O PT apostou errado quando imaginou que Geraldo Alckmin (PSDB) cresceria e haveria uma disputa repetindo as eleições anteriores.

O PSDB já é praticamente uma carta fora do baralho e o cenário é bastante delicado e complicado.

Se este cenários se confirmar (mas pode mudar), é possível que PSDB e todo o campo democrático apoie Haddad no segundo turno, mas isso só confirmaria o discurso fantasioso dos eleitores bolsonaristas, de que PT e PSDB é tudo igual.

Será um jogo entre os mais antidemocratas e os mais democratas, mas com a situação muito ruim para os democratas.

Primeiro porque há uma descrença da população com a política provocada pela Lava Jato, Rede Globo, impechment e Judiciário. E segundo, há o antipetismo incentivado nos últimos anos, do qual o candidato da extrema-direita é o representante. Só esses dois pontos são suficientes.

Mas me lembro de um lema bastante propalado nesses últimos meses: ou Lula ou Nada. Se Lula está preso, estamos estejamos diante do Nada. (Susiana Drapeau)