O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, venceu as eleições presidenciais realizadas neste domingo (20/05) no país, anunciou a presidente do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), Tibisay Lucena.

Segundo a oficial, que anunciou os números por volta das 23h20 de Brasília, a tendência é irreversível e aponta para a vitória de Maduro, que, até o momento, tem 67,7% dos votos (5.823.728 do total). O candidato da oposição, Henri Falcón, somou 21,2% (1.820.552 votos); Javier Bertucci, 10,75% (925.042); Reinaldo Quijada, 0,4% (34.614).

Até agora, foram apuradas 92,6% das urnas e, segundo o CNE, 46,01% dos venezuelanos compareceram às urnas neste domingo – a projeção é que o resultado final mostre 48% de comparecimento.

Com a vitória, Maduro irá para seu segundo mandato como presidente da Venezuela, após assumir o cargo em 2012, quando o então presidente Hugo Chávez faleceu.

Discurso

Maduro falou a apoiadores em frente ao Palácio de Miraflores, em Caracas. “Estamos obtendo um recorde histórico, nunca antes um candidato havia ganhado com 68% dos votos populares [na Venezuela], e nunca antes havia conseguido 47 pontos de diferença em relação ao segundo candidato”, disse Maduro.

“Esta é a vitória número 22 em 19 anos [de chavismo], conquistada com base no esforço, no trabalho consciente, conquistada junto a um poderoso movimento, de um povo unido, de um povo lutador”, disse Maduro, que dedicou a vitória ao ex-presidente Hugo Chávez. “Vocês confiaram em mim, e eu vou responder a essa confiança amorosa.”

O agora presidente reeleito chamou os candidatos derrotados para conversar sobre o futuro do país. Maduro também anunciou que vai pedir a Lucena, ainda nesta segunda (21/05), a auditoria de 100% das urnas e a apuração de todas as denúncias de fraude durante o pleito. A lei eleitoral exige que apenas 54% sejam auditados.(Do Opera Mundi)

Rede Globo perdeu a eleição na Venezuela

Deu Nicolás Maduro na Venezuela. Por isso a mídia brasileira já começa com o velho chororô de perdedor. “Rival de Maduro aponta irregularidades em eleição com alta abstenção” (Estadão), “Candidatos opositores acusam Maduro de coagir eleitores” (Folha) e “EUA afirmam que não reconhecerão resultado de pleito na Venezuela” (Veja), só para ficar em três exemplos.

O deputado Diosdado Cabello, um dos expoentes do chavismo e líder do PSUV, partido de Maduro, disse que esse discurso reproduzido pela imprensa brasileira é conversa mole de perdedor. “Essa é uma desculpa [dos candidatos opositores] para explicar a falta de votos.”

Após o encerramento da campanha eleitoral venezuelana, neste sábado (19), os institutos de pesquisa apontavam a reeleição de Nicolás Maduro com 48% dos votos. No entanto, a luta neste domingo (20) era garantir que os eleitores comparecessem às urnas.

Um conselho para a velha mídia golpista brasileira: reconhece a derrota que dói menos. (Do Blog do Esmael)