A grade da cidade judiciária de Campinas amanheceu nesta quarta-feira, 15 de março,  com uma faixa de protesto contra o auxílio-moradia que recebem os juízes no Brasil de forma indiscriminada.

No dia 22 de março, o Supremo Tribunal Federal (STF) promete colocar em pauta uma das questões mais polêmicas do ano: o fim do auxílio-moradia para juízes, desembargadores e ministros de tribunais superiores.

Segundo um levantamento realizado pela Consultoria Legislativa do Senado Federal, mais de 17 mil juízes recebem esse benefício, inclusive aqueles que possuem imóvel próprio. Se incluirmos as outras autoridades (como membros do Ministério Público), o número chega a 30 mil beneficiados! O custo dessa medida? R$ 1.6 bilhão de reais por ano! Veja o caso de um juiz de São Paulo que tem 60 imóveis.

Reservadamente, alguns ministros e ministras do STF já admitem que o auxílio precisa ser revisto. Por isso, é importante mostrá-los que a população está acompanhando o julgamento e espera que o interesse público prevaleça sobre o interesse privado. No Brasil, quase metade da população não tem saneamento básico.

Temendo o fim da regalia, os juízes federais marcaram uma greve para o dia 15 de março. Por esse motivo a organização Minha Campinas colocou duas faixas protestando contra o auxílio moradia, uma nas grades da cidade judiciária e outra na passarela em frente a cidade judiciária nesse mesmo dia.

Estão juntas nessa mobilização 6 cidades Campinas, Rio de Janeiro, São Paulo, João Pessoa, Porto Alegre e Recife.

A sociedade civil pode fazer pressão sobre os ministros do STF através deste link