No Mês da Consciência Negra, a Estação Cultura de Campinas recebe a exposição “Pretas InCorporações” a partir de 19 de novembro, domingo. A mostra apresenta trabalhos de 13 mulheres negras que, na pluralidade estética e poética, traduz de forma muito particular temas como amor, ancestralidade, feminismo, política, racismo, sexismo.

O coletivo reúne as artistas Daíse Silva, Francielle Costacurta, Helen Aguiar, Jéssica Paulino, Lubaya Rocha, Marla Rodrigues, Natasha Rodrigues, Brenda Nicole, Thayara Magalhães, Thais Silva, Raissa Donavan, Vick Aisha e Andrea Mendes, que também assina a curadoria.

Segundo a curadora, a exposição revela-se sensível a discussões espinhosas e atuais, como a revisão de uma história da arte marcadamente branca e a falta de representatividade negra nos espaços de prestígio. “É importante refletir e discutir profundamente sobre a forma e o tratamento que população negra ainda recebe em pleno no século 21. A maneira ainda é preconceituosa e estigmatizada desde as piadas racistas que compõe nosso imaginário social, a perseguição das religiões afro-brasileiras, e a criminalização por causa da cor da pele. Os jovens das periferias continuam engrossando as estatísticas dos que mais morrem de causa violenta no Brasil, e quem mais sofre com o machismo é a mulher negra”, reflete.

Na abertura de “Pretas InCorporações” no domingo, 19 de novembro, a partir das 16h, o público poderá conferir, ainda, a intervenção poética de Daíse Silva e Lubaya Rocha, a performance de Andrea Mendes e a exibição do filme “Cabeças Falantes”, de Natasha Rodrigues, seguida de debate. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Exposição Pretas InCorporações
Onde: Estação Cultura ( Praça Mal Floriano Peixoto. Centro. Campinas).
Datas e horários:
Coquetel de abertura: 19/11, domingo
16h – Abertura com intervenção poética de Daíse Silva e Lubaya Rocha
16h30 – Performance – Andrea Mendes
17h- Cine debate do filme Cabeças Falantes de Natasha Rodrigues
Sinopse: O filme “Cabeças Falantes” retrata a vivência de jovens negros(as) em uma universidade pública. Numa mistura de situações ficcionais com entrevistas, o documentário representa uma forma de inadequação social que aparenta ser sutil externamente, mas que explode internamente nas cabeças desses sujeitos. De maneira sensível, o filme traz um pesado conflito entre vozes de preconceitos e estigmas e o desejo de ocupar o espaço universitário.
Período expositivo: 19/11 a 12/12, diariamente das 9h às 22h.
Entrada gratuita