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Depois dos partidos evangélicos, surge agora o partido ‘Novo’, dos banqueiros ultraliberais

Depois do domínio evangélico no parlamento, seja com deputados em todos os partidos, mas também por vários partidos controlados por eles como o PR, PRB, PSC e Pros, agora é a vez dos banqueiros ultraneoliberais criarem seu próprio partido.

O partido Novo, como é chamado, já nasce velho e louva Margaret Thatcher em suas postagens. Para quem não se lembra, veja abaixo o documentário da economista canadense  Naomi  Klein sobre os anos Thatcher. É o horror.

Segundo reportagem do The Intercept Brasil, o partido dos velhos banqueiros está levando integrantes do PSDB. Mas o que é o Partido Novo?

O Novo tem o mesmo plano que vem sendo implantado pelo conluio PMDB/PSDB desde a tomada do poder: ou seja: reformar as instituições públicas para que seus gastos caibam na receita.”Traduzindo do tucanês: privatizar estatais, cortar verbas dos serviços públicos, subtrair direitos trabalhistas para, assim, enxugar o Estado e dar liberdade total para o mercado, que magicamente resolverá todos os problemas sociais. Enfim, trata-se do velho e fracassado receituário neoliberal de sempre”, diz a reportagem.

O partido foi criado principalmente por dois homens muito ricos que ocuparam cargos de alto escalão em bancos brasileiros. Ambos apareceram no Bahama Leaks como proprietários de off-shores que, segundo eles, foram devidamente declaradas à Receita Federal.

Veja trecho da reportagem e mais abaixo o documentário de Naomi Klein:

“João Dionisio Amoêdo é engenheiro e administrador de empresas que construiu carreira em bancos e acabou se tornando um banqueiro. Começou estagiário no Citibank e acabou virando sócio da BBA. Tem relacionamento longo e estreito com Armínio Fraga, Gustavo Franco e boa parte do escalão da equipe econômica do governo FHC. Foi presidente do Partido Novo até recentemente, quando deixou o cargo para poder disputar algum cargo nas próximas eleições. É o principal homem da legenda.

O também engenheiro Ricardo Coelho Taboaço, que acabou de assumir a presidência do partido, também construiu carreira no alto escalão de instituições financeiras. Foi sócio diretor do Grupo Icatu e vice-presidente do Citibank.

Os fundadores do Novo se vendem como cidadãos comuns, insatisfeitos com os maus serviços públicos e com os altos impostos. Mas nós vivemos em um país onde os bancos, apesar de sempre lucrarem loucamente, pagam menos impostos que os assalariados. Imagino que mexer nesse privilégio não é — nem nunca será — uma proposta da legenda dos banqueiros.

É um partido novo, mas que chegou para representar quem sempre esteve muito bem posicionado dentro de todos os governos brasileiros. Mas para não dizerem que não falei das flores, há, sim, uma novidade ou outra ali. Não que isso seja necessariamente positivo, muito pelo contrário. A lógica empresarial é que dá as cartas na estrutura interna do Novo. O partido recruta novos candidatos para disputar eleições como as grandes corporações recrutam trainees. O processo seletivo é mais parecido com o programa “O Aprendiz” do que com a democracia.” (veja mais no The Intercept Brasil)

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