Nos dois primeiros meses da safra agrícola 2017/2018, os médios e grandes agricultores contrataram R$ 25 bilhões em crédito bancário. Isso mesmo, R$ 25 bilhões em créditos com juros baixos.

A bancada ruralista, uma das mais fortes no congresso, sempre gera benefícios para os grandes fazendeiros.

Por exemplo, os grandes fazendeiros e usineiros produzem etanol em grande escala com juros subsidiados por meio de bancos públicos. A Caixa Econômica Federal destinou este ano R$ 10 bilhões com juros entre 7,5% e 8,5% ao ano. Enquanto isso, o pequeno produtor rural é proibido de produzir pequenas quantidade de etanol ou álcool anidro para dar sustentabilidade financeira. No Senado e na Câmara Federal nada passa para viabilizar financeiramente o pequeno produtor rural.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 13, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As instituições financeiras liberaram 132.422 contratos de financiamento envolvendo crédito de custeio, comercialização e investimento.

O desembolso nas operações de custeio e de comercialização atingiu R$ 20,7 bilhões, o que representa uma alta de 29% sobre igual período de 2016. As contratações de investimentos chegaram a R$ 4,4 bilhão, com crescimento de 30%.

As instituições públicas ofereceram, em julho e agosto, nas modalidades custeio, industrialização e comercialização, R$ 9,9 bilhões. Já os bancos privados somaram R$ 6,7 bilhões e as cooperativas de crédito, quase R$ 4 bilhões.

As contratações pela Letra de Crédito do Agronegócio atingiram R$ 5,3 bilhões. De acordo com a Secretaria de Política Agrícola, esse resultado decorre do aumento na emissão do título, criado com o objetivo de diversificar as fontes de financiamento do crédito rural. (Carta Campinas e Agência Brasil)