O resultado é da pesquisa Pulso Brasil, feita pelo Instituto Ipsos Public Affairs para o Departamento de Pesquisas Econômicas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que foi divulgada nesta quarta-feira (22) em São Paulo.
A pesquisa abrange tudo o que as famílias devem pagar no período apresentado, como contas domésticas, cheque especial e cartão de crédito. A pesquisa, que tem margem de erro de 3 pontos, ouviu 1,200 pessoas em 72 municípios em todo o Brasil.
O cenário apurado mostra-se diferente quando são avaliadas as classes sociais. Enquanto nas classes A, B e C, a maior parte das pessoas ficou com endividamento igual ao do ano passado (32% e 33%, respectivamente), a maior parte da classe DE (33%) informou não que não tem dívidas neste início de ano.
A pesquisa ainda revelou que a maioria dos entrevistados (66%) afirma não ter dívidas com bancos, mas, entre os que têm, a maior parte (12% do total) diz que, apesar de dificuldades, consegue pagar no prazo. Os que deixam de pagar somam 7%, os que têm dificuldade para pagar, mas negociam o prazo são 5%, e os que não têm sentido dificuldade para pagamento são 10%.
As contas de serviços, como luz, telefone, aluguel e mensalidade de planos de saúde, são as mais difíceis de pagar para 54% dos entrevistados, mas eles dizem que conseguiram quitá-las no prazo. Já 32% disseram que não sentem dificuldade para pagar e apenas 10% declararam ter deixado de pagar. Os que têm sentido dificuldade e negociado prazo representam 4% dos entrevistados.
Apesar do cenário de crise, 68% das pessoas disseram que não consideram ficar inadimplentes, mas 32% deixariam de quitar alguns compromissos. Entre os que cogitam ficar inadimplentes, 49% consideram deixar de pagar primeiro as contas de serviços, como luz, água e telefone. (Carta Campinas/Agência Brasil)
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