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O truque de linguagem dos projetos que querem criar ‘escola com partido’

Os projetos que tentam criar o que denominam de ‘escola sem partido’ já começaram falseando a própria linguagem.

Para esconder suas reais intenções, nada melhor do que esconder no próprio nome e, com isso, dificultar o questionamento e a contestação do projeto.

O nome ‘escola sem partido’ é uma artimanha que dificulta o diálogo. Quem seria o opositor ao ‘escola sem partido’? Só poderia ser alguém que quer a ‘escola com partido’. Veja como é o truque ideológico da linguagem.

Imagine um grupo de pessoas que querem criar a ‘escola limpa’.  E os opositores seriam quem? Os que querem a ‘escola suja’?

Sim, o nome ‘escola sem partido’ parece algo limpo, natural, neutro, higienizado, asséptico, desinfectado.

Vamos descontaminar a ideologia da escola. Remete a uma escola como um ambiente esterilizado.

E há muito já se sabe que a pior ideologia é a ideologia da ‘não ideologia’. A não ideologia é o totalitarismo. A Europa conhece bem. O Brasil também. A Itália fascista, sim, também conhece bem.

Chamar os projetos dos partidos mais conservadores do Brasil, como DEM, PR, PSC e PSDB, de ‘escola sem partido’ é cair em um engodo semântico. Como bem disse Leandro Karnal, no Roda Viva, é o projeto (ideológico e partidário) de uma direita delirante.

Não existem projetos de ‘escola sem partido’. As escolas já são sem partido, diversas, plurais. O que querem são escolas totalitárias e ‘escola com partido’. Esses projetos visam criminalizar o professor.

São projetos, insuflados pela grande mídia, e feitos por partidos políticos para censurar o professor.

O real nome desses projetos é ‘escolas com partidos’, visto que é uma ideologia de negação da política e da história, da crítica e da reflexão. Enfim, a escola para controlados, ideologizados, enquadrados.

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