FarmanguinhosProducao_materiaO sistema de climatização inaugurado agora em junho de 2016 no Complexo Tecnológico em Medicamentos (CTM) do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro, tem expectativa de reduzir o consumo de energia na unidade da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) em torno de R$ 800 mil por ano.

Para o coordenador do Programa de Eficiência Energética da Light, Antonio Raad, o conjunto de equipamentos instalados poderám futuramente, trazer mais economia para a Farmanguinhos, com diminuição da conta de energia de até R$ 1,5 milhão por ano, ou algo em torno de R$ 120 mil a R$ 130 mil por mês.

“A gente espera que chegue até a R$ 1,8 milhão. Para essa unidade produtora de medicamentos, reduzir custo operacional é importante, porque consegue produzir remédios a um custo mais baixo”, disse Raad. “A diminuição que a gente estima é entre 10% e 15% na conta de energia, direto, além de outros benefícios de segurança, melhoria da flexibilidade operacional, preservação do meio ambiente”.

Programa de eficiência

O projeto foi incluído no programa de eficiência energética da Light, que é regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A distribuidora é obrigada a investir 0,5% de sua receita operacional líquida, ou o correspondente a R$ 40 milhões por ano, em projetos de eficiência energética. Para selecionar os projetos que receberão apoio financeiro é feita chamada pública. O projeto do CTM de Farmanguinhos foi selecionado na primeira Chamada Pública de Projetos de Eficiência Energética da Light, em 2014, e começou a ser implantado no ano seguinte. “Nasceu essa parceria, cujos resultados são excelentes para a unidade da Fiocruz”, disse Raad.

A modernização da central de água gelada de Farmanguinhos foi desenvolvida ao longo de um ano, com a implantação de um chiller (resfriador de líquido) e um tanque de termoacumulação com capacidade de armazenar água fria durante o período noturno, para distribuir no sistema no horário de ponta. O chiller tem eficiência energética elevada, de nível A. Raad disse que outro fator que contribuiu para a flexibilidade operacional foi a automação do sistema. O investimento da Light no projeto foi R$ 3,174 milhões.

O coordenador do Programa de Eficiência Energética da Light informou que, do ponto de vista da agência reguladora, a Aneel exige da distribuidora que os projetos escolhidos para apoio tenham viabilidade econômica, “o que de fato aconteceu, no caso de Farmanguinhos”, ou seja, tenham uma relação custo/benefício favorável e economia de energia anual de 2 mil megawatts-hora (MWh) por ano.

Parcerias futuras

A vice-diretora de Operação e Produção de Farmanguinhos, Elda Falqueto, tem planos para futuras parcerias com a Light. Entre os projetos que estão sendo elaborados, estão a substituição das torres de resfriamento e dos chillers de condensação a ar, e o atendimento dos almoxarifados com centrais de água gelada, segundo informação da assessoria de imprensa de Farmanguinhos.

No dia 28, a Light fará um workshop para informar a clientes e parceiros detalhes do próximo edital público para seleção de projetos. O edital tem previsão de liberação no início de setembro, visando a receber propostas de novos projetos no início de novembro. A expectativa de Raad é que Farmanguinhos poderá ser um dos concorrentes. (Agência Brasil)