O filme traz um pouco da história da cidade contada por artistas negros.
Em Campinas, interior de São Paulo, mulheres e homens negros, com idades entre 70 e 90 anos, são ativos no movimento cultural negro da cidade, essencialmente dedicado à recriação de repertórios musicais tradicionais de matriz-africana.
Embora mestres nas comunidades musicais atuais, suas memórias de mocidade não remetem diretamente a jongos, sambas de bumbo ou maracatus, mas a bailes de gala.
Na conjuntura marcada pela segregação dos anos 40 a 60, no interior de São Paulo, esses bailes, frequentados majoritariamente por negros, são revisitados, evidenciando-se sua importância para a formação de uma comunidade negra, desde aquela época, até hoje.
Para o projeto, a diretora conversou com os artistas Carlos Augusto Ribeiro, José Antônio, Rosária Antônia, Aluízio Jeremias e Leonice Sampaio, todos engajados no movimento cultural negro da cidade, do qual participam com sua música, dança e oralidade. O doc é resultado da pesquisa etnográfica, realizada junto ao Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo, com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e do LISA (Laboratório de Imagem, Som e Antropologia – USP).
A exibição acontece em comemoração ao aniversário de Campinas. (Carta Campinas com informações de divulgação)