16657584063_f775a22b63_zDados divulgados hoje (16) pelo Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE) mostram que, em 2015, a população residente no país teve uma redução de 33,5 mil pessoas. Portugal tem 10,3 milhões de habitantes.

Os motivos da queda populacional são, entre outros, a diminuição do número de pessoas que migraram para Portugal e o aumento do número de portugueses que foram viver em outros países. Ano passado, quase 30 mil pessoas migraram para Portugal, contra mais de 40 mil que foram viver em outros países. O saldo migratório negativo foi de -10.481 pessoas. Em 2014, este saldo tinha sido ainda maior (-30.056 pessoas).

De acordo com o INE, apesar de ter havido um aumento no número de nascidos vivos em Portugal, também houve aumento no número de mortes. Em 2015, registrou-se 85.500 nascidos vivos e 108.511 óbitos de residentes no país. A diferença entre o número de nascidos vivos e o número de óbitos é chamada de “saldo natural” e representou uma redução de 23 mil pessoas. Em 2014, esse saldo também havia sido negativo (- 22.423 pessoas).

Quanto à taxa de fecundidade, Portugal alcançou um leve aumento, registrando uma média de 1,3 filhos por mulher, em comparação aos valores de 1,21 e 1,23 filhos por mulher em 2013 e 2014, respectivamente.

Expectativa de vida

A expectativa de vida também vem aumentando continuamente. Enquanto entre 2003 e 2005 era de 77,7 anos, no último triênio esse valor subiu para 80,4 anos. As mulheres têm expectativas de vida de 83,2 anos e os homens, de 77,3 anos.

Cada vez mais, Portugal registra um aumento no número de idosos e uma diminuição no número de jovens. Nos últimos dez anos, mais de 316 mil pessoas entraram na faixa etária dos idosos (65 anos ou mais), contra uma redução de mais de 208 mil jovens (com menos de 15 anos). A população em idade ativa (entre 15 e 64 anos) também sofreu redução de mais 278 mil pessoas.

A Guarda Nacional Republicana (GNR) divulgou hoje (16) o estudo Censos Sênior, que mapeia a população idosa que vive sozinha e/ou isolada. Desde de 2011, ano em que o estudo começou a ser feito, a quantidade de idosos que vivem sozinhos, isolados ou em situações de vulnerabilidade vem crescendo.

Atualmente, mais de 43 mil idosos encontram-se nestas condições em Portugal, sendo que 26 mil vivem sozinhos; 4.600 vivem isolados; pouco mais de 3 mil vivem sozinhos e isolados; e mais de 9.500 estão em situação de vulnerabilidade fruto de limitações físicas e/ou psicológicas.

O estudo mapeou também 600 idosos portadores de deficiências. Destes, 166 vivem sozinhos; 38 isolados; e 363 não se enquadram nas situações anteriores. (Ag Brasil – Marieta Cazarré)