tania rego ag brasilPara fazer uma festa de final de ano e manter a desigualdade social e econômica do Brasil sob controle, somente o Rio de Janeiro terá 12 mil PMs nas ruas, um contingente de guerra. Isso no momento em que hospitais não têm recursos para o materiais básicos.

Desses, quase 6 mil policiais militares foram escalados para trabalhar por causa dos eventos do Ano-Novo. Esse contingente é necessário para que a violência de bairros periféricos e esquecidos pelo Estado não atrapalhe a festa.

Somente em Copacabana, zona sul, onde concentra a festa de final de ano, segundo a prefeitura, cerca de 2,2 mil PMs para um espaço de 4,5 quilômetros de orla. Isso significa um policial a cada dois metros lineares. No ano passado, esse número foi 1.724 policiais.

A Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro aumentou em 22% o número de policiais nas festas de réveillon no estado em relação ao ano passado.

A estrutura montada também é de guerra. Segundo o subchefe operacional do Estado-Maior, coronel Cláudio Lima Freire, a novidade deste ano é a utilização de dois carros de comando e controle móveis em Ipanema e Copacabana, zona sul, para aumentar a área de cobertura das operações. “O carro tem oito assentos, lugar para a Guarda Municipal, para a Secretaria de Assistência Social, Corpo de Bombeiros e outros órgãos que queiram ter assento na operação. O local tem tecnologia online de internet, telefone, imagens do helicóptero e do próprio carro de pontos da praia”, destacou. “Em alguns casos, o problema não é específico da Polícia Militar, mas como os outros órgãos estão com assento no mesmo espaço, a deliberação multidisciplinar facilita as ações”, completou Freire.

Das três aeronaves que irão ser empregadas, uma sobrevoará a Região dos Lagos, uma Barra da Tijuca e Recreio, zona oeste, e a terceira, a zona sul do Rio. Paralelamente, a Operação Praia terá 1.204 PMs atuando nas praias do Rio de 31 de dezembro até 3 de janeiro. Haverá 17 pontos de bloqueio e verificação de veículos públicos. O montante gasto com a operação não foi divulgado pela Polícia Militar. (Carta Campinas/Agência Brasil)